PAIS DE CHUTEIRAS.

Favor não confundir ‘par de chuteiras’ (presente para dias dos pais), com PAIS DE CHUTEIRA. A primeira denominação pode significar o desejo de um pai, por isso, caso o filho ache oportuno, pode oferecer um par de chuteiras para homenagear o seu mestre do lar. A segunda referência é a mais importante sobre o contexto da convivência e das preferências entre o pai e o filho, pois ambos podem partilhar o mesmo gosto.

Evidente que a proximidade do dia dos pais leva-nos a refletir sobre essa relação de amor, tão humana e tão importante para a família diante do contexto da proximidade entre o cônjuge varão e seus rebentos.

Nós, aqui do Poder Judiciário, que aprendemos muito cedo a valorizar esse esporte no que diz respeito à paixão pelos times de futebol, como, também, pela prática amadora, não podemos esquecer um dia de tanta alegria, afinal, nosso SINDIJUS é tão freqüentado por pais e filhos graças à prática do futebol.

Eu, particularmente, sinto-me um pai feliz porque compartilho com meus dois filhos a alegria de ser desportista e repassar a eles a idéia de cultivar um esporte.

Hoje em dia, são tantas as opções dos jovens quanto ao caminho a seguirem na vida que são livres para escolher a profissão ou a atividade de lazer que lhes causem prazer. Entretanto, todo pai que se preza quer que eles trilhem um caminho bom, que lhes afaste do ócio e da morosidade que a vida moderna se encarrega de oferecer, em face da internet e outros meios eletrônicos que prendem os jovens dentro de casa e, por conseqüência, afastam-nos das atividades físicas inerentes às necessidades do corpo.

Diante desse contexto, é importante que sejamos PAIS DE CHUTEIRAS, porque estamos repassando a eles que mesmo ante a existência de outras atividades próprias da época, não ficamos bitolados diante de um atrativo eletrônico. Não é de se olvidar que é bem prazeroso jogar com o filho ou com a filha um joguinho virtual. Não obstante, é preciso mostrar que a atividade física real e praticada no contexto de um conjunto de pessoas, exige do indivíduo um tino além da capacidade intelectual, levando-se em consideração que cada organismo é diferente em termos de desempenho e resistência física. Esse misto de jovialidade, destreza, capacidade física e espírito de competição, geram no íntimo do competidor um elemento a mais de paixão que não se acha inserido no jogo virtual.

É bom ir a SINDIJUS e enxergar que os nossos rebentos se misturam com os filhos dos nossos amigos e vão construindo um mundo jovem que se identifica com os seus PAIS DE CHUTEIRA.

Não podemos ter a insensatez de exigir deles uma participação além dos seus limites. Cada um tem sua individualidade e suas destrezas. Há aquele que tem mais habilidade, mas, há também aquele que tem mais disposição. Há aquele que não joga bem, mas, que se supera na liderança. Há aquele que não está nem aí com o fundamento, porque o seu desejo é estar onde os outros estão. Assim, não interessa qual o motivo para que cada um se faça presente. O que importa é que estão crescendo e vendo a bola rolar.

Um dia, o seu filho ou sua filha, pode não ser aquele atleta que irá figurar em time competitivo, entretanto, pode ser alguém que aprendeu a gostar do futebol e a torcer por um grande time Nacional.

Somos, sim, PAIS DE CHUTEIRA e, com muita honra!

Machadinho
Enviado por Machadinho em 12/08/2011
Código do texto: T3156307