O BENDITO OU MALDITO CELULAR?

Quanto a esta pergunta, o primeiro ítem ganha de goleada. Pois o número de pessoas que usam o celular é simplesmente incalculável e a cada minuto que passa aumenta, assustadoramente. Quanto as que não fazem questão do mesmo é a minoria, sem dúvida.

Apesar da grande facilidade para se comprar ou ganhar um aparelhinho deste, por sinal, cada vez mais sofisticado, moderno e útil, as poucas pessoas que nunca tiveram um e não pretendem são categóricas quanto a sua aversão. E neste caso, têm argumentos fortes e razoáveis para isto. Em primeiro lugar, acham que é algo que vicia, carregando-o para todos os lugares. Se duvidar, até para o banheiro na hora de satisfazer as suas necessidades fisiológicas. Que coisa!

O certo ou errado é qlue, com a proliferação da telefonia móvel desta qualidade, chega-se até a mudar um conceito sobre o estudo do ser humano. Por exemplo: pergunta-se a qualquer criança que começou a estudar: em quantas partes se divide o corpo humano? A resposta é rápida e precisa: cabeça, tronco e membros. Nenhuma controvérsia. Só que, como tudo muda nesta vida, principalmente com o advento fantástico da tecnologia e informática, a resposta mais completa para a mesma pergunta no mundo hodierno agora fica assim: cabeça, tronco, membros e celular. Opa, agora são quatro partes? Sim, pois quer na rua, dentro do carro, lotação, trem, metrô e tudo quanto é lugar, as pessoas não se desgrudam do aparelho celular. É incrível como esta febre é contagiosa e incontrolável.

É indiscutível a utilidade do bonito aparelhinho que facilita a comunicação entre as pessoas. Quem não gosta dele, por motivos pessoas, o qlue se deve respeitar, amiúde, chega a exagerar nas suas críticas contra o mesmo. Por um lado, até que tem lógica e razão, principalmente quanto o celuluar estiver com pessoas inescrupulosas, isto é, sendo usado de maneira exagerada ou para fins hediondos, como golpes, ameaças, chantagens, enfim, trambiques e mentiras cabulosas. Tanto faz se for pré ou pós-pago, o que vale sempre é o poder aquisitivo do seu usuário. E sendo assim, ninguém tem nada a ver com isso. O problema do mau uso do celuluar se resume quando a pessoa começa a se achar a dona da cocada preta e, num ambiente público, faz questão de falar alto todo o tipo de assunto: particular (namoro, sexo, traição) ou profissional. O que irrita mais a quem estiver próximo de uma pessoa assim é a falta de bom senso e até de educação, falando alto, inclusive falando mentiras com a maior cara de pau. Por exemplo, a tal pessoa está num condução e quem estiver próximo ouve à sua revelia quando a mesma diz: "Olha bem, acabei de chegar ao serviço!"

E a pior balela é quando estiver, por exemplo, num motel e o bendito (ou maldito) aparelhinho toca e, empolgado pelo momento de prazer, alguém solta esta evasiva esfarrapada ao cônjuge preocupado com a sua demora: "Oi, amor, coincidência você ligar agora, pois o culto (ou a missa) terminou agora. Já estou indo. Beijos!" Que lorota prazerosa! E põe prazer nisto!

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