Pai com ou sem limites
Em feriados, fins de semana ou santos dias, pais entregam aos filhos ou filhas tudo que eles lhes exigem, como o carro e uma mesada que também tem se destinado a pagamento de bebidas ou outros tipos de droga. Já presenciei um garoto de treze anos pagando a sua farra e a dos “amigos” com cartão sem limite de crédito ou débito. Semana atrás, noticiou-se na TV que um deles prometeu ao filho emprestar seu possante carro para um “pega” numa das artérias da cidade. Houve acidente, ferimentos e mortes até de pessoas inocentes que nada tinham a ver com aquela “Fórmula 1 improvisada”. Este pai, obrigado a ser responsável pelo ato, jamais assumiu a responsabilidade de dizer “não” ao filho, atendendo mais um capricho “fora dos limites”, desprovido de bom senso, inclusive fora dos limites da velocidade. Geralmente são pais que possuem razoável poder aquisitivo. Porque limites aos filhos dos pais do salário mínimo se impõem por sua condição de vida financeira e, enfim, para tantos outros limites. Porém, aos filhos de pais com salário abaixo do mínimo determina-se um tipo de “sem limites” à procura, por todos os meios, inclusive pelo da violência, de se conseguir o sustento e as maravilhas da sociedade de consumo ou mais do que isso, como é o caso daqueles que produzem ou comercializam drogas, ultrapassando o limite dos limites.
Como os pais devem proceder numa sociedade sem valores e sem limites tem sido tema de conferências, nas escolas, igrejas e mídia. Educadores, psicólogos, religiosos e jornalistas se repetem sobre esse assunto. Mas, por que existe pai que se dobra diante da vontade desmesurada e intolerável do filho? Por que prefere o “laissez faire” a admoestar , agir ou dizer “não”? Muito disso se esclarece na cena do pai risonho e risível que deixava, no hall do hotel, o “filhinho” esmurrá-lo, derrubar jarros, furar poltrona, chutar a babá e brincar de quebrar brinquedos...
Percebemos que, cada vez mais, fazer filhos, sem responsabilidades, é fácil; o difícil é ser pai. Muitos pais geram, mas não amam, não educam e são omissos à vida do filho. Dando continuidade ao egoísmo em que foram educados, dedicam seu tempo apenas para cuidar de si próprios e das suas ambições. E, para compensar essas indiferenças, presenteiam ao filho coisas e mais coisas, menos carinho; consentem absurdas condutas no lugar daquilo que convém, à espera de infortúnios, não assegurando ao filho uma vida verdadeiramente feliz. Vi, na notícia, o pai chorando o filho acidentado naquela corrida de rua. Acariciava o corpo esquartejado pela violência consentida, pela ausência de um “não”. Aos pais que assim sofreram, sofrem e sofrerão nossas homenagens, hoje também é o seu dia. Porque pai é pai, poderá até deixar de ser marido. Com ou sem limites, uma vez pai, jamais deixará de sê-lo.
Em feriados, fins de semana ou santos dias, pais entregam aos filhos ou filhas tudo que eles lhes exigem, como o carro e uma mesada que também tem se destinado a pagamento de bebidas ou outros tipos de droga. Já presenciei um garoto de treze anos pagando a sua farra e a dos “amigos” com cartão sem limite de crédito ou débito. Semana atrás, noticiou-se na TV que um deles prometeu ao filho emprestar seu possante carro para um “pega” numa das artérias da cidade. Houve acidente, ferimentos e mortes até de pessoas inocentes que nada tinham a ver com aquela “Fórmula 1 improvisada”. Este pai, obrigado a ser responsável pelo ato, jamais assumiu a responsabilidade de dizer “não” ao filho, atendendo mais um capricho “fora dos limites”, desprovido de bom senso, inclusive fora dos limites da velocidade. Geralmente são pais que possuem razoável poder aquisitivo. Porque limites aos filhos dos pais do salário mínimo se impõem por sua condição de vida financeira e, enfim, para tantos outros limites. Porém, aos filhos de pais com salário abaixo do mínimo determina-se um tipo de “sem limites” à procura, por todos os meios, inclusive pelo da violência, de se conseguir o sustento e as maravilhas da sociedade de consumo ou mais do que isso, como é o caso daqueles que produzem ou comercializam drogas, ultrapassando o limite dos limites.
Como os pais devem proceder numa sociedade sem valores e sem limites tem sido tema de conferências, nas escolas, igrejas e mídia. Educadores, psicólogos, religiosos e jornalistas se repetem sobre esse assunto. Mas, por que existe pai que se dobra diante da vontade desmesurada e intolerável do filho? Por que prefere o “laissez faire” a admoestar , agir ou dizer “não”? Muito disso se esclarece na cena do pai risonho e risível que deixava, no hall do hotel, o “filhinho” esmurrá-lo, derrubar jarros, furar poltrona, chutar a babá e brincar de quebrar brinquedos...
Percebemos que, cada vez mais, fazer filhos, sem responsabilidades, é fácil; o difícil é ser pai. Muitos pais geram, mas não amam, não educam e são omissos à vida do filho. Dando continuidade ao egoísmo em que foram educados, dedicam seu tempo apenas para cuidar de si próprios e das suas ambições. E, para compensar essas indiferenças, presenteiam ao filho coisas e mais coisas, menos carinho; consentem absurdas condutas no lugar daquilo que convém, à espera de infortúnios, não assegurando ao filho uma vida verdadeiramente feliz. Vi, na notícia, o pai chorando o filho acidentado naquela corrida de rua. Acariciava o corpo esquartejado pela violência consentida, pela ausência de um “não”. Aos pais que assim sofreram, sofrem e sofrerão nossas homenagens, hoje também é o seu dia. Porque pai é pai, poderá até deixar de ser marido. Com ou sem limites, uma vez pai, jamais deixará de sê-lo.