GRÃO DE TRIGO
GRÂO DE TRIGO
Amar e dialogar são duas palavrinhas gêmeas.
Para amar é necessário dialogar e para dialogar é preciso amar.
O amor e o diálogo fazem as pessoas escutarem umas as outras.
O amor e o dialogo fazem as pessoas silenciarem e falarem nas horas certas.
O amor dialogável faz a pessoa ceder suas idéias, qualificar seus pensamentos.
O amor dialogável faz a pessoa doar sem medidas.
O amor quando é carregado de diálogo, faz brotar na pessoa a vontade sincera de encontrar soluções.
Para viver o amor em profundidade é necessário aprender dialogar-se.
Dialogar implica em saber perguntar. Pois a pergunta correta traz resposta exata.
Dialogar implica em respeitar a outra pessoa como ela é. Sem ter o desejo de mudá-la para o meu jeito.
Dialogar implica capacidade de fidelidade a si mesmo, aos outros, à natureza e a Deus.
Dialogar implica em saber viver a sensatez, a prudência e o equilíbrio.
Dialogar implica em ser um grão de trigo que cai na terra para tornar-se planta.
O grão de trigo para dar fruto,
Cai na terra, morre na solidão do chão,
Fica enterrado no mais profundo silencio do solo.
Tudo isso para em breve romper o clima da morte,
Virar uma haste maravilhosa e oferecer o sinal mais profundo da bênção.
Certeza da vitória sobre a fome,
Sinal de mesa repleta,
Pão na barriga da miséria.
Morrer para dar a vida e vida plena, assim é o amor dialogável.
Uma caminhada pela mesma alameda do grão de trigo.
Caso contrário, as palavras e os silêncios,
As perguntas e as respostas,
As doações e “fidelidades” não passam de vazios cheios de nada.
Acácio