VIVER....
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Sentir o sabor de cada momento que vamos passando, do nascimento até o túmulo, com a identificação das verdades intrínsecas contidas nas vivências cotidianas..Recordar, quem sabe, dos instantes de mágoas que foram, rapidamente, substituidos por outros, felizes e saudosos..
Revivenciar pessoas, que, junto a nós privaram um dia ,e, nos legaram fatos e gestos profundamente humanos, a nos fazer crentes num amanhã mais forte e preenchido de felicidade.
VIVER...
Lembrar, quiçá, aquela música cantada, quando subidos em uma laranjeira, lá mesmo saboreávamos, juntos com os passarinhos, os frutos nativos e puros.Repassar as nuançes de saudades de coisas, belas e marcantes, que a vida nos forçou a deixar para traz.
VIVER...
Repensar os nomes de amigos, colegas dos primeiros anos escolares,que nem sequer sabemos vivos ou mortos, felizes ou infelizes;mas, que numa data longinqua, foram nossos contemporâneos em momentos decisivos de nossa existência.
Abraçar o vácuo deixado pelo passar rápido da vida e, mesmo em memória, tomar nos braços nossos entes queridos, que já partiram para outros espaços temporais.
VIVER...
Sentir, outra vez, na boca um beijo recebido na doce infância inocente, de alguém que, nem mesmo lembramos o nome e partiu, levado pela voragem do tempo, para lugares insabidos, a deixar em nosso ser uma indelével marca de saudade...
VIVER...
Aceitar as novas realidade, do hoje, que marcam a nossa existência com suas verdades tão fortes e, nos exigem, um renovar constante de nossos comportamentos, critérios e, sem sombra de dúvidas, uma mutação vertiginosa de companheiros que nos convivem nesta caminhada, em busca do inesperado...
VIVER...
Valorizar profundamente, cada novo ser que vem andar junto a nós em nossa estrada, a nos levar a um trocar de fatos, atos, vivências e realidades.
Enfim, sermos um ponto do texto da literatura da vida, a escrever de ,
de modo diuturno, a história de nossas existências para, amanhã, quem sabe, sermos apenas uma doce lembrança a fazer, feliz ou infeliz, alguem que, porventura, venha a nos recordar...