AMIZADE. INTERNET. NECESSIDADE.

Surgiu uma nova necessidade na roda do cotidiano, a internet. O quê é isto (?), tão avassalador que gera uma máxima shakesperiana, implicando em novo hábito, ou como dizia o grande dramaturgo, uma nova natureza, já que pontificou: “ o hábito é uma segunda natureza”.

É uma alavanca de força inestimável para a comunicação. Desafia até mesmo as previsões de Marchal Macluhan em sua obra de vulto, “A Galáxia de Gutemberg”, quando todos achavam que a prensa seria sepultada pela nova era da eletricidade, menos ele. Mas ele não sabia do que estava por vir, do “plus”, do mais, da superveniência, da gigantesca força da antena.

Mas ninguém superará o livro. Nele e por ele foram construídas as bases da sociedade. Já tive o prazer de ver inúmeros livros da idade média, conservadíssimos, verdadeiros tesouros. O livro virtual não tem nem terá força para se estabelecer como paradigma. O que é raiz, foi e será. Não se acaba com uma árvore cortando seus galhos, brotarão de novo.

Vejo um fenômeno diferente, inverso. A vontade de escrever efetivou-se para quem nunca escreveu nem teve esse hábito, até mesmo e muito mal na profissão, pois disso não gostavam, escrever, como na advocacia que necessita do ato de escrever, e passaram a escrever na internet, tenho inúmeros colegas advogados e amigos com o novo hábito.

Isso é muito bom, E O PRINCIPAL.... Por quê? Por levar à raiz, aos livros. É lá que se absorverá ensinamento.

O grande chamariz para esse novo fenômeno é o mesmo que explodiu no mundo com a televisão; a imagem.

A tela faz milagres, leva a escrever quem nunca desse ato participou, e se escreve qualquer coisa e de qualquer maneira. É válido. Tudo desemboca na formação, que melhora pela informação e no maior valor social, na amizade.

Novas amizades mesmo sem rosto se fortificam.Escrevi uma crônica, que está na página quatro(4) de minha escrivaninha,AMIZADE SEM ROSTO, que sairá no maior jornal católico do Brasil por obra de alguém que gostou e pediu permissão. Parece que as pessoas são conhecidas faz tempo, e que são afins presencialmente. Por quê? Porque o ato de escrever deixa marcas, é revelador, mostra sua alma, ainda que veladamente. Seus traços de personalidade ficam fixados.

A escrita que manifesta seu interior, mecanicamente, graficamente, também diz quem você é. O traço, seus caracteres são identificadores de suas inclinações. Sou um curioso pesquisador de grafologia, por ela em segundos sabemos os traços gerais de uma pessoa, basta você escrever do próprio punho duas ou três frases em um papel.

Por exemplo, é impossível uma pessoa não ser identificada por sua escrita, basta fazer a comparação de seu padrão que será conferido por prova grafotécnica, o que se faz muito em processos judiciais.

Não é possível nem mesmo tentar falsificar sua letra, mudá-la, a perícia grafotécnica acusará a tentativa. Não existe no mundo duas pessoas com o mesmo traço, o que ocorre com a digital e o genôma.

Vemos a alta significação de escrever e sua maravilhosa disseminação na internet, que acima de tudo traz novas amizades, aproxima a humanidade, socorre os que estão incapacitados de sair de casa, abre uma janela para os segregados por outros motivos.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 08/08/2011
Reeditado em 08/08/2011
Código do texto: T3146694
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.