PAI

Como agüentar sem pai nesta terra?

Tão forte o que sinto por você!...

Muitos no mundo buscam entender

Ausência do corpo? Ama que VÊ.

Seus olhos azuis é todo meu céu.

Saudade louca que nunca passa.

Homem, atleta, belo menino!...

Quero colinho! Vem, me abraça.

Olho as estrelas, você qual será?

Busco o jardim é flor mais bonita

Vou procurando, mas, sei onde está.

No sol que me traz luz infinita

Onda de amor que a vida me dá.

Anjo, paz, caridade bendita.

Oh! Meu paizinho, no seu dia todos comemoram. Vou te pedir: Joga queridinho seu olhar para eu colocar dentro dos meus. Você está tão pertinho das coisas boas e belas. Deu tanto amor que preparou sua morada, com nossa varandinha pequena, seu violão e as flores amarelas. Que arpejos gostosos, e que voz! Trago tudo no coração, na alma e guardei nas mais doces e puras recordações. Não esqueça: Você é alegria, meu MAIOR amigo. Seu interior é um manancial de caricias, ternura e PAZ. Nunca o vi zangado. Rostinho e sorriso mais puro que um lago transparente. “Deus nos uniu a luz da eternidade”. (Nina Arueira)

Seu semblante me inunda de uma luz que se o dia está nublado, eu o vejo claro, brilhando e guiando meu caminho. Sinto equilíbrio e direção para viver com fé, garra e coragem para entender às vezes este mundo conturbado.

Poetas, filhos, falam coisas tão lindas. “PAI HERÓI”. Eu digo: PAI AMOR, MINHA RAZÃO DE VIVER.

Vamos comemorar com a certeza de que os do céu e da terra sentirão o perfume das flores que colocaremos na jarra pelos eflúvios da nossa alma, um aroma maravilhoso que certamente desprenderá do nosso mais sutil agradecimento por tudo que nos ofereceram com dedicação e carinho.

Não podemos esquecer os pais encarcerados, os velhinhos de olhos tristes nos asilos, os jogados ao relento com cobertores rasgados e pequenos, pelejando para aquecer seus corpos esquálidos e abandonados. As criancinhas sem alimento, panos rotos molhados. Nem fraldinhas. Corre gente, está tudo frio sem lume, muita fome.

Será que nossa alma está gelada?

Beijos amiguinhos.

Junia Rios
Enviado por Junia Rios em 07/08/2011
Reeditado em 27/01/2016
Código do texto: T3145915
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