A Fé e a Violência
A semana se encerrou para mim com comprovações de violência, tanto na capital como no interior. Vi e soube de homicídios de adolescentes, incluídos como traficantes de drogas, ainda que tão jovens. Não são boas lembranças.
Mas estou com esperanças de uma boa semana, a contar para a noite de hoje – domingo. Os jovens da cidade conseguiram reunir um bom número de pessoas para a missa campal na Praça Irmãos Dantas. Uma senhora residente nas proximidades do lugar será responsável para abastecer as crianças com água, já que estamos num dos meses quentes do ano. Aqui chego a outro ponto para compor minhas linhas: O verão do Piauí neste ano de 2011 vai ser muito seco.
Quando o verão chega, as temperaturas ficam tão elevadas que os dias parecem não acabar. Homens que trabalham ao sol e que tiram da terra o sustento da família, bem sabem que esta época do ano exige muito de quem mora no interior. O pão é caro e a água mais difícil. Somos todos conscientes disso? Parece que não. O lavrador precisa ganhar o suficiente para alimentar uma casa de, no mínimo, umas quatro pessoas (digo por saber da bolsa-família) e tem que pagar pelo que come. Mas a terra seca fica improdutiva. Daí a falta de empregos. E, valha-me Deus, os fracos de Fé caem na vida errada! Essa é a defesa de uma mãe solteira, para o filho adolescente de 17 anos, ter se envolvido com o tráfico de drogas. É preciso analisar a vida e o que queremos dela e, assim, se tirar uma conclusão para alguns fatos.
Quem me dera poder falar de dias melhores. A escola, vista como importante na formação do indivíduo, não tem suas culpas? E até quando a sociedade ficará inerte ante a violência desenfreada? A lembrança de “Sodoma e Gomorra” não deve se aplicar somente a nossos momentos na igreja. Como fazer uso das palavras da Bíblia, se as esquecemos no exato momento em que não sendo com nossa família “não estamos nem aí”? A Palavra de Deus testifica que somos todos filhos do mesmo Pai.
Eu poderia falar de muitos atos de violência e até me questionar do porquê desta crônica... Ai, meu Deus! Isso vem das lágrimas que vi nos olhos de uma mãe que perdeu o filho por envolvimento com drogas. E por me sentir frágil diante da vida.