MARIA, SIMPLESMENTE.

Pego na mão o pião do talento da querida Giustina (Maria, simplesmente) e vou à reboque da sua crônica "Virgindade - para que te quero!".
Querida Maria, considere este trabalho como comentário ao já referido, no qual você nos dá uma bela aula de História.

Realmente, foi-se o tabu, para felicidade de todos!
A sociedade deu uma guinada de 180° e foi do 0 aos 100 quilômetros em segundos!

O que antes estigmatizava as pobres mulheres, por terem praticado um ato de amor, caiu por terra, está mortinho e enterrado e, com ele, tantos outros, o que permitiu a elevação do sexo frágil ao patamar que hoje ocupa.

Entretanto, como é difícil parar um carro com tamanha velocidade, talvez estejamos pagando um preço alto pela conquista.

Noto, alarmado, a curva descendente da idade em que isso está acontecendo.
Vemos hoje, meninas de 12 anos já grávidas, por sua legítima vontade(?) que com isso apagam a melhor fase de suas vida - a Juventude!

Trocam a boneca de pano por uma verdadeira!

Se, antes, o exagero era intolerável e absurdo, hoje parece tender, perigosamente, para a banalização de um extraordinário momento na vida de uma mulher!

Diz o adágio, preciso e contundente como todos: "nem tanto, nem tão pouco" e é esse meio-termo que precisamos encontrar.

É claro, Maria, que fatores sociais teem influência direta nesse comportamento indesejável, mas, de qualquer forma, isso é, no mínimo, preocupante.

Quando uma mulher, lúcida, preparada, cônscia do que vai fazer se decide - muito bem! Mas, desafortunadamente, o carro está correndo demais.

Para concluir, Maria, aceite meus parabéns pela inspirada crônica, que tem o sabor de bandeira desfraldada, de grito de vitória, de Lei Aurea. Extinto o estigma que marginalizava a mulher, que a levava, não raro, até à prostituição, acabou também a tresloucada reação de antigos pais, que punham a filha na rua, lançado-a à sua própria sorte. Parabéns!

Mas, convenhamos, só para amenizar a seriedade do tema:
- Maria, eu acho que a deusa Afrodite tá exagerando na dose!
Um abração
paulo rego
Enviado por paulo rego em 07/08/2011
Reeditado em 20/09/2011
Código do texto: T3144648