PÂNICO E MEDITAÇÃO.

Daniel Goleman, médico que fez incursão pelos centros de meditação na Índia, elaborou singelo e eficiente livro educativo para a meditação. " A ARTE DA MEDITAÇÃO", é seu título.

Ela traz inúmeros benefícios para as pessoas, inclusive o domínio do pânico, tão comum hoje pelas inúmeras adversidades da vida.

Em poucas páginas, acompanhada de CD para as técnicas da meditação, passa os meios do exercício.

Meditar, como pode ser pensado, não significa pensar com profundidade e abrangência em algo ou alguma coisa, principalmente, como é entendido pela maioria das pessoas, de forma filosófica.

Meditar é o inverso. É não pensar em nada, afastar qualquer pensamento, esvaziar a mente para reeducar a atenção. Essa é a meditação clássica, embora existam outras. Foi assim que Buda se iluminou, chegou ao ponto que doença, sofrimento e morte foram sublimados. Isto pela reeducação da atenção. É fácil? Nada que necessita disciplina é fácil, mas deve e pode ser tentado.

A técnica curricular e universal, a que Buda usou é a respiração. Fixar-se na nossa respiração, prestar a atenção exclusivamente nela, no ato de inspirar e expirar, e nada deixar entrar em sua mente, nada pensar. Os pensamentos virão, claro, mas você voltará a se fixar na respiração, na entrada e saída do ar. E memorizar entra e sai do ar inspirado e expirado, e nisso se fixar sem desviar a atenção da sua respiração.

Se desviar a atenção para pensamentos que chegarão, estará prejudicando a grande serenidade que será alcançada em poucos minutos, a ponto de seus batimentos cardíacos ficarem serenados ao máximo e você ser invadido de uma gigantesca calma.

É um exercício que feito diariamente, duas vezes ao dia, melhora e erradica o pânico e outras complicações. O livro de Goleman é referencial para o exercício.

Existem quatro formas de meditar, sendo a clássica a primeira ensinada e acompanhada pelo CD para quem vai se entregar ao maravilhoso ato de meditar.

Tinha um sobrinho que ficou quatorze anos nos EUA, voltou, e três meses depois faleceu com enfarto fulminante, aos quarenta e dois anos. Um touro de forte. Eu o considerava meu filho mais velho, foi criado com meu filho mais velho, praticamente morava na minha casa.

Fui acordado cinco horas da manhã quando do fato com a notícia, disparei para a casa de minha irmã, distante alguns quarteirões da minha. Entrei e o encontrei caído no corredor em frente ao seu quarto, desesperado fiz respiração e massagem socorrista sem resultado, soquei as paredes. Ele estava morto, frio, gelado. Minha mulher disse, não adianta mais Celso. Parei.

Passei a acordar todos os dias cinco horas da manhã, hora do fatídico telefonema, não dormia mais. Coloquei em prática a meditação, que não desconhecia e já tinha praticado em outras épocas para controlar temperamento, foi como consegui reverter esse quadro. Até hoje pratico meditação. É excelente.

Indico para todos que têm ansiedade ou males dessa natureza.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 06/08/2011
Reeditado em 07/08/2011
Código do texto: T3143898
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