CONFESSA SÓ PARA MIM: TU ÉS SUPERSTICIOSO?
Estás saindo de casa, agora? Não esqueceste de nada? Cadê a figa, o pé-de-coelho ou outro objeto qualquer para dar sorte? Ah, já estás na rua! Lá vem o "Não", aquele velho conhecido, que de tão negativo, já ninguém lembra mais seu nome... rápido, bater na madeira para espantar o azar! Ih, uma escada pela frente! Atravessar a rua, depressa!
Superstição é uma crendice popular que não possui explicação científica. Segundo o dicionário Aurélio, é uma crença em fatos puramente fortuitos ou apego infundado a qualquer coisa. Existem superstições que atravessaram os séculos. A sexta-feira e o dia 13, por exemplo. Se os dois se unirem, então, é um Deus nos acuda! O receio do dia 13 é tão antigo que, na história de Roma, não se encontra um só decreto assinado nesse dia. E continua tão atual que na Europa e Estados Unidos muitos prédios não tem o 13º andar, não têm apartamento número 13. Nem as poltronas dos cinemas tem esse número!
Existem muitas superstições na crendice popular. Cito algumas que acho engraçadas e arrisco algumas opiniões:
- Na idade média, acreditavam que os gatos pretos eram bruxas transformadas em animais. Por isso dizem que cruzar com gato preto dá azar. Tu tens gato preto em casa? Guarde-o a sete chaves pois, com essa violência toda, quem corre perigo é o teu gato!
- Quem passar por debaixo do arco-íris muda de sexo: o homem vira mulher e a mulher vira homem. E alguém já consegui passar por debaixo de um arco-íris?
- Para encontrar algo perdido a crendice manda dar três pulinhos para São Longuinho. Eu prefiro apelar para Santo Antônio e confiar no meu olhar de lince!
- Quebrou um espelho? Sete anos de azar. Ficar se olhando num espelho quebrado significa quebrar a própria alma (?). E aí eu pergunto: alma quebra?
- Acender três cigarros com um mesmo palito de fósforo é uma tradição de guerra e significa perigo. No primeiro cigarro aceso o inimigo vê o alvo, mira no segundo e atira no terceiro. Quem quer ser o último?
Sem falar no mês de agosto, que muita gente teme e diz ser azarado. Mas isto é conversa para a próxima crônica...