Os grandes heróis: Napoleão, o traído
A história de Napoleão Bonaparte, qualquer um que tenha internet em casa, ou frequentado a escola sabe. Pelo menos a sua historia de conquistas, a sua artimanha invencível de batalhas, a sua inteligência em discursos e a sua capacidade incomparável para liderar, é mundialmente conhecida, mas agora vou narrar uma historia um pouco mais desconhecida de Napoleão.
Quando ainda era apenas um general do exercito francês Bonaparte foi a um baile na casa do Coronel Shesler Pover Charles, onde conheceu a viúva Josefina, Mulher bela, mãe de dois filhos e que frequentava as altas rodas francesas desde a morte de seu marido Alexandre que tinha sido decapitado seis anos atrás.
O baixinho Napoleão conquistou Josefina e casou-se com ela. Quando na Catedral de Notre-Dame tirou a coroa das mãos do papa e se auto coroou imperador, fez o mesmo com Josefina e coroou-a imperatriz da França. Napoleão amava os filhos de Josefina como se fossem seus filhos, tanto é que não admitia que os chamassem de adotivos.
Começou então a peregrinação do novo imperador, ele não podia mais ficar em Paris com a família, e passou a andar pelo mundo com seu exercito conquistando nações e aumentando seus domínios, eis que a única solução seria se comunicar por cartas com Josefina e ele fazia isso através de um mensageiro, o tenente Hyppolite Charles. Os anos iam se passando, Napoleão via sua amada a cada 120 dias ou até mais tempo, e assim, passava seus dias sempre cabisbaixo, pois amava aquela mulher, mas amava o seu exercito ainda mais e por isso queria ser o homem mais conhecido do mundo, como dizia em sua próprias palavras.
No outro lado da linha, Josefina era uma mulher jovem, e logo se entregou a alguns homens da França, entre os quais o tenente Charles, o mensageiro. Numa manhã o maior estrategista de todos os tempos estava cabisbaixo, quando um de seus generais entrou em sua tenda. O homem notou que o seu imperador estava cabisbaixo, mas não teve coragem de perguntar o motivo, eis que então Napoleão falou:
- General, você acha que Josefina esta me traindo?
- Porque diz isso imperador?
- Porque a última vez que estive em casa tinha uma marca de botas na grama do jardim, ou seja imagino que um homem esteve alí.
- O jardineiro talvez.
- Não. Aquela era uma bota do exercito, pois tinha o solado mais afastado, como as minhas, as passadas eram longas, o que prova que era alguém que estava com pressa.
O General sabia de todas as traições de Josefina, e vendo que aquele abatimento de Napoleão poderia refletir na batalha, decidiu contar tudo, mesmo sem dar os nomes dos amantes de Josefina. Napoleão ouviu atento, e depois de algumas horas dentro da tenda sozinho mandou chamar o tenente Charles o mensageiro.
- O tenente me contou tudo. Disse Napoleão com uma voz serena. Você devia ter me contado também!
O tenente ficou sem ação. Como sábia que a morte seria uma questão de tempo decidiu achar uma desculpa para seus atos de luxuria
- Foi ela que me seduziu senhor.
- Então... até você.
O jovem tenente então se deu conta de um erro que acabará de cometer, Napoleão não sabia de si, mas ele mesmo tinha cavado a própria sepultura.
- O senhor vai me matar.
- Eu não. Não mato irmãos de fardas.
O tenente respirou aliviado, mas Napoleão chamou seu fiel General e mandou que fuzilasse Charles, e ainda riu de canto com a clássica “eu não mato mas sempre tenho quem faça isso por mim”. Naquela tarde Napoleão deu apenas uma ordem aos seus homens “matem quantos puderem”, sua raiva ele deixou na batalha.
Voltou a Paris e pediu o divorcio, quando ia saindo olhou para Josefina e com olhos cheios de lágrimas ele perguntou “Porque Josefina?”, ela não respondeu, ele deu mais um passo, e falou novamente “você poderá dizer o que ninguém mais pode, que você traiu Napoleão Bonaparte, e sobreviveu para contar a historia.”
Napoleão nunca esqueceu Josefina, mas durante a Campanha do Egito em 1798, Napoleão contraiu um romance com Pauline Bellisle Foures - esposa de um oficial subalterno - que ficou conhecida como "A Cleópatra de Napoleão". Já Josefina acredita-se que nunca mais teve outro homem, desde o divórcio, pelo menos não oficialmente.
Josefina foi acometida de uma forte pneumonia, que provavelmente contraiu após acompanhar o czar Alexandre I num passeio pelos jardins de Malmaison. Josefina veio a falecer em 29 de maio de 1814. Foi sepultada na Igreja de Saint-Pierre-Saint Paul em Rueil-Malmaison, onde mais tarde seria sepultada sua filha, Hortência. Napoleão, o amor de sua vida, morreria 7 anos depois na ilha de Santa Helena, aprisionado pelas tropas britânicas.