Você já deve estar imaginando o que aconteceu. Por mais que quizéssemos encerrar o episódio da fuga de Jira, muita agua ainda iria rolar por baixo da ponte. Meu marido então resolveu então que a mudança de Jira tinha acontecido devido aos maus tratos sofridos do carroceiro vilão. No fundo do fundo, nós sabíamos que algo estava errado. Nosso amigo Luis Crispim anunciou em sua coluna que a familia estava novamente reunida e que a fujona estava se recuperando.
Com o passar dos dias, e a não evolução de Jira, fomos nos conscientizando. Era uma triste verdade e tinha que ser encarada e solucionada. Aquela não era Jira. E agora, o que fazer... Novamente reunido o clã, foi decidido que a falsa Jira seria agregada à familia. Não que ela fosse substituir Jira em nossos corações, mas não podíamos devolver ao carroceiro a tal jumenta. Ele jamais saberia a verdade...
Para fazer parte da familia, tínhamos que batizá-la. Colocamos o sugestivo nome de Aparecida. E assim Aparecida ficou em nossa casa, mas nada tinha do brilho de Jira. Ela ficava no quintal e ignorava todos nós, como a nos culpar por te-la tirado do carroceiro. Nada de pegar batatas, de aceitar banho, muito menos carinho. Por mais que nos esforçássemos, ela não passava de uma reles jumenta, sem nenhuma evolução.
Já haviam passados 15 longos dias, quando uma surpresa nos aconteceu. Jira voltou. Também trazia marcas de sua aventura, mas continuava meiga e não tinha nos esquecido. Jira queria nosso afago depois dessa longa fuga. Abrimos nossas portas e nossos corações à filha pródiga que nunca nos contou nada sobre o acontecido. Acredito que as lembranças não eram boas. Mas, o que importa é que ela voltou, lembrou o caminho de volta.
Bem, Jira de volta, mas, e Aparecida...
Veremos o que aconteceu com Aparecida.