MINHA POSIÇÃO POLÍTICA.

TRANSCREVO ARTIGO QUE ELABOREI NO SITE POLÍTICO VOTE BRASIL, ONDE COM OUTROS QUATRO COLUNISTAS ESCREVI POR TRÊS ANOS.

ACHO QUE ESCLARECE MINHA CONVICÇÃO POLÍTICA.

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POSIÇÃO POLÍTICA.

Coloca o novo colunista André Barreto, criador do site agora renovado, sua posição filosófica-política. E o faz com o que se espera e se pede de um homem voltado para a informação; com responsabilidade.

Repilo com veemência a informação catalogada, necessitada de subvenção que desnatura e faz a pauta, sendo mais claro, vendida.

Não sou um eleitor contumaz, nem mesmo um eleitor, me faltam sempre representantes lineares ao meu padrão desejável, sou um observador, não sou de esquerda, de direita ou de centro e recusei, sempre, participar de política partidária, apesar de assediado desde os bancos universitários em época de turbilhão político.

Acho ser este o tom que dá o criador do site; o apartidarismo do mesmo e sua inclinação para quem e para aqueles que podem e devem dar maiores esclarecimentos pelo veículo que põe à disposição principalmente dos colunistas.

Meu salário é o salário ideal, não necessita de indenização para rompimento, somente de minha consciência, penso que seja o de todos. Mesmamente para a administração do site. Salário ideal dispensa monitoramentos e sinopse pautada, é a moeda que não pode mover interesses. Só há uma baliza; a lei, e por ela todos devem responder, não fugindo das responsabilidades de sua coerção, até porque, sua ignorância, não isenta de incidência.

Como apartidário abomino radicalismos. Desde a esquerda que congrega trotkistas e chiitas, da qual tenho alergia, radicais espúrios que pregaram a ausência de liberdade, até quaisquer outras e todas colorações e bandeiras, muitas pejorativamente nominadas democráticas, insuficiência de saber que credito à insciência filosófica existencial do ser humano, fruto ignaro da desinformação humanista.

O comunismo só existiu porque Marx, com seu "O Capital", foi tirado da estante por lunáticos que se esqueceram ser a liberdade do homem o maior bem, sem o que seria pó como muitas doutrinas, algumas excelentes que restaram esquecidas. Mas, o comunismo encontrou adeptos, verdadeiros, que se submeteram a essas violências (ausência de liberdades individuais), e falsos, sendo a maioria, dos que pregavam idéias dessa ordem tomando champagne em Paris no exílio; muitos.

Os “ismos” sempre acabaram mal, todos, totalitarismos.

Não pretendo singularidades ou ser "sui generis" politicamente como ser social e cidadão, apenas, sendo impossível visibilizar meu pensamento em alguma agremiação partidária, "contemplo" o que desfila a minha frente. Me aproximarei e estou pronto a aplaudir o que seja afim do que elejo como bom, e o bom, o certo e o errado, qualquer do povo distingue.

Sem pretensões utópicas, é preciso existir o encontro do trabalho com o capital, o sentido de justiça, “dar a cada um o que lhe é devido” como conceituou Santo Agostinho, considerando o que é justo. “A Cezar o que é de Cezar, a Deus o que é de Deus”, como ensinou Cristo, a cada um o que é justo. Sem sectarismos fundamentalistas, de direita ou esquerda, termos ultrapassados, que retiram a liberdade ou expropriam direitos fundamentais, como acesso à proteína, comer, acesso à saúde, à habitação, ao lazer e, principalmente, à educação. .

Exemplificando, tenha tido outras dirigências e finalidades, a propalada bolsa família, de alguma forma minimizou a miséria, embora objeto de censuras, de ser voto de cabresto institucionalizado. Se encetada para cooptar consciências de sufrágio em sinonímia com a supressão da miséria, vale mais o bem feito do que o favor buscado. O saldo é positivo e merece meu reconhecimento, ainda se comprada a consciência (que só existe com educação) através da fome e da necessidade, o que em princípio torna ilegítima a escolha, sendo bom lembrar Khalil Gibran em “O Profeta”: “O que é a necessidade senão a própria necessidade?”. .

Não preciso dizer em quem voto e se voto. Meu ideal repousa em um não cristão que mais reverenciou Cristo, Ghandi:

"Não posso antever, o dia em que nenhum homem será mais rico que o outro. Mas posso imaginar o dia em que os ricos rejeitarão enriquecer à custa dos pobres, e os pobres deixarão de invejar os ricos. Mesmo no mais perfeito mundo imaginável será difícil evitar desigualdades, mas podemos e devemos evitar conflitos e amarguras.” Ghandi.

A qualidade da escolha se dá havendo representação do ideal social.

Não sou de nenhum partido ou corrente, nem serei, voto na pessoa; execro a corrupção registrada no index da Procuradoria Geral da República, com ineditismo histórico, perpetrada na investidura política, e execro com todas as minhas forças, porque faltam muitos nos registros até agora oficializados e sei como tranqüilamente poderiam ser responsabilizados; execro governos que se deixaram alicerces de estabilidade da moeda, também projetaram desmandos, o maior deles a criação por institucionalização do regime da reeleição (com acenos atuais absurdos de perpetuação), de conseqüências desastrosas, cópia amarga da dita democracia dos americanos do norte que não existe, pois não respeitam a soberania das nações, e mesmo de seus cidadãos sob anátemas de preconceitos vários..

Não me servem e nunca me serviriam os partidos que aí estão em polarização, agrupados em seu redor a mesma ordem de inclinações, com comprometimentos públicos de todos conhecidos, para os que conhecem ou não as leis.

Meu sonho não será realizado pelo óbvio interior humano ainda muito egoísta que sempre friso, que está até mesmo do nosso lado, forte em pessoas que conhecemos e convivem proximamente, imagine-se ao lado do poder. É crível e visível. Estou ainda nessa quadra da vida com o sabor amargo do pessimismo do grande historiador Galbraith, para quem em trezentos anos talvez o ser humano veja no próximo "um seu irmão", a doutrina do amor ao próximo do Cristo e de poucos outros de sua grandeza.. Mas vejo como muitos o processo social vagaroso de saída das trevas para a luz em curso. É de grande espaço a temporalidade para sua realização.

Hoje se sairmos dessa politização dúplice e insossa de PT e coligados, PSDB também, procurando verdadeiras melhorias, e retornarmos à história, encontraremos o quê?`

Um Juscelino enaltecido que na verdade de bom só deixou a semente do grande parque automobilístico que temos hoje, ao lado da corrupção instalada das mordomias persistentes, Brasília. Uma "revolução" sem grandes ganhos, com a cassação das liberdades públicas e com o "milagre econômico" de pernas curtas, alavancado pelo hoje "grande consultor" Delfim Neto, "Bruxo do Nada".

Indo mais ao passado, paradoxalmente, e aí a inversão da lógica, exsurge a figura ditatorial de Getúlio, com proveito onde se colocar a lupa da industrialização do Brasil de hoje. Lá estará ele, o ditador que implantou a indústria do aço e petróleo, gigantes brasileiros que tiveram por ele deflagradas suas iniciações. E mesmo no campo das liberdades, inscritas na Constituição de 1934, inspirada na Constituição de Weimar, conhecida como uma das mais sociais dadas à publicidade no mundo constitucional, encontraremos a mão de Getúlio, dando à mulher o direito de votar e a lei trabalhista.

Essa é minha posição política. Não sou um eleitor de oportunidade e nunca serei de partido, sou um observador, um "contemplativo" sim, pronto a aderir ao que é bom, de centro, direita ou esquerda, termos ridiculamente ultrapassados, ou qualquer posição geométrica que os humanos muito politizados queiram dar, quem sabe obliqua, tangencial, em ponto zênite ou nadir.

Parece que todos se inserem em nomenclaturas que mais levam a um tangrama chinês do que em reais vontades políticas.

Espero que a linha do site nos bastidores e na linha de frente seja a pauta ditada pelo novo colunista, cujas matérias aguardamos expectantes.

Celso Felício Panza.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 03/08/2011
Reeditado em 03/08/2011
Código do texto: T3136486
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