PAPO FURADO

Não se escreve mais como antigamente. Óbvio que não. Naqueles tempos não existiam canetas esferográficas, quanto mais computadores! Os gansos, que eram os preferidos, deviam fugir espavoridos quando alguém saía atrás de uma pena... Que pena dos gansos! Mas não posso ter pena, porque não sou ave. Então rezo uma Ave-Maria aos inventores da caneta, que libertaram as aves do seu cruel destino. Mas, na época, pode-se dizer que foi um grande "quebra galho"! Que é pequeno se comparado aos galhos que não caem sozinhos hoje, porque o homem derruba a árvore inteira.

O que aqui posto, com "o" aberto, já que não me refiro a posto de saúde, que agoniza no Brasil, nem a posto de gasolina, que essa é cara, me leva a perguntar: que interesse tem este assunto? Os interesses, agora com "é" aberto, porque estou plagiando o Leonel Brizola, se prendem a coisas mais substanciais. Prender alguém que dilapida o erário público, por exemplo. O que não quer dizer que é um exemplo a ser seguido. Agora veio à baila outra questão: se fôssemos todos ao baile do Paraíso Fiscal, como ficaria o leão do Imposto de Renda? Com fome? A fome orgânica é terrível, mas também o é a fome da alma humana. E a alma desumana, será que sente fome? E a alma penada, que não é ganso, mas tem lá suas "penas"?

Meu desconfiômetro está a me dizer que ninguém vai ligar para este assunto. Mesmo que as operadoras de celular, através dos bônus, oportunizem mais ligações. Portanto, não vou insistir nestes questionamentos. Vá que alguém resolva responder, dizendo que isto é papo furado de quem não tem o que fazer? Fazer o que? Se alguém criticar eu compreenderei, pois contradições são inerentes à nossa condição humana...

Giustina
Enviado por Giustina em 02/08/2011
Reeditado em 27/07/2014
Código do texto: T3135765
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