Lembrando o Dia do Futebol - O Último Amor que Ainda Resta
Dia 19 de Julho, comemoramos mais um Dia do Futebol, onde infelizmente não temos muito que comemorar em termos futebolísticos.
O futebol brasileiro, pentacampeão mundial, está passando atualmente por um momento muito delicado e de mudanças bastante significativas de uns tempos para cá, sendo que uma delas é a ameaça de extinção dos ditos “jogadores-torcedores”, aqueles que ficam praticamente uma vida inteira no clube e que acabam se identificando com ele, tais como Zico no Flamengo, Roberto Dinamite no Vasco, Garrincha no Botafogo, Pelé no Santos, Danrlei no Grêmio, Marcos no Palmeiras e Rogério Ceni no São Paulo, só para citar alguns exemplos de fidelidade.
Com isso, morre o amor a camiseta por causa das mudanças nos últimos anos nas relações futebolísticas entre clubes, dirigentes e jogadores, tendo como marco disso, a Lei Pelé.
Hoje, como qualquer relação trabalhista, não passa apenas de um simples contrato a responsabilidade de um jogador com as cores as quais defende. Na quase totalidade dos casos, é um jogador sem identificação com o clube contratante que entra em campo, joga as suas partidas, pega o seu dinheiro, (Na maioria das vezes, não recebe e entra na justiça), e vai para outro clube, jurando amor eterno e dando beijinhos no distintivo.
E é por essas e outras coisas que o futebol, aos poucos, vai sucumbindo. Tanto é verdade, que inclusive os ditos grandes espetáculos de futebol estão ficando enfadonhos de assistir, tanto nos pay-per-wiews da televisão como no campo ao vivo, devido á baixa qualidade técnica dos jogos, uma vez que os grandes craques, através da Lei Pelé, logo que são revelados, acabam sendo vendidos rapidamente para o exterior.
Resta ainda a duras penas, é verdade, o último e verdadeiro grande amor pelo futebol, que até isso os grandes cartolas do futebol brasileiro querem acabar com a tentativa de elitização do esporte bretão, (Volta aos velhos tempos?), e exclusão das camadas populares dos estádios, que é o amor do tão sofrido, mas heróico e persistente torcedor, que apesar das dificuldades salariais e da violência galopante nos estádios, ainda apóia o clube do seu coração com uma fé indescritível, mantendo assim vivo o futebol.
É o último amor que ainda resta.