Pássaros da manhã

Como eu não sei lhe dar com as palavras, essas mesmas que acabo de escrever. Não as entendo sem saber em concreto o que ainda não escrevi.

Talvez não haja nenhum conto novo para se contar, uma poesia de amor, uma canção de esperança que me guie por um novo caminho. Talvez rabisco aqui somente besteiras, se não quiser acompanhar recomendo: pare imediatamente, é provável que não saia nada que preste daqui.Nem promiscuidade terá, não chegará perto das palavras de Sidney Sheldon e muito menos das mazelas de Marquês de Sade.

Sou herdeiro de uma timidez que é quase criminalmente vulgar ou de nada em particular.Mas uma coisa acho espetacular o outono, as folhas caem e as árvores mudam... as rimas acabaram por aqui.

A fria brisa começar a se espalhar no ar, e as pessoas se aproximam para se aquecerem. Não há como ir contra a natureza não é mesmo? até mesmo quando costumamos ir contra natureza é parte da natureza também a negação, as vidas se juntam e se complicam.

Se complicam com coisas simples, simples e frágil como uma flor e isso é uma coisa complicada de mais para nós, costumamos a enfrentar as coisas de maneira errada, pobres seres humanos que caminham na estrada da memória mas em direção da porta do esquecimento.

Gostamos de pensar que conhecemos as pessoas, mas sempre damos murros contra a parede e sempre concretizamos tais idéias em trágico erros e arrependimentos que se arrastam com o tempo, pois quando se está para baixo existe um longo caminho para se voltar para cima.

No início disse que não há nada como outono, pois não são só as folhas que mudam, algo no ar nos revela as verdadeiras faces das pessoas, bem como a de si próprio.

Mas assim como as estações, as pessoas tem a habilidade de mudar, não é costumeiro, mas quando acontece temos que crer que é para o bem, levando algo que se quebrou a tornar inteiro de novo para enfim entendermos as palavras cantaroladas dos pássaros da manhã.

Eduardo Magalhães
Enviado por Eduardo Magalhães em 01/08/2011
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