Vícios Urbanos

Dos vícios humanos, uma das maiores certezas que tenho na vida é o consumismo produzindo todo tipo de sucata entulhando o meio onde vivemos. A busca (desenfreada) pelo novo esquecendo que os recursos oferecidos, ao contrario do que prega o comercio, são finitos e cada vez mais escassos, tem levado o homem a viver sem qualidade nem padrão seus anos de vida. Simples travessias a pé pela cidade proporcionam uma visão singular de suas incursões no social e ao cruzar dois ou mais bairros a certeza que se tem é que o ambiente é alterado de acordo com a época e as posses dos habitantes da região.

Fica claro que em alguns a arquitetura da solidão com toda sorte de linhas nem sempre bem definidas por espelhos montados estrategicamente no final de corredores dando sensação de espaço, mas estes caem por terra quando esses limites entram em choque via “topada de nariz” na fronteira das transparências.

Percebo que ao longo do tempo sorrateiramente áreas publicas de lazer foram transformadas em moradias, entidades financeiras, shoppings sem a conseqüente alocação do espaço físico a locais mais distantes num claro desrespeito à saúde mental em especial daqueles que nasceram nas primeiras décadas do século passado. Se o objetivo fosse mesmo o ser humano com certeza estes locais seriam preservados e a cultura da reciclagem seria uma realidade e não algo a ser pensado à frente; pense nisto quando depositar na urna o seu voto – bem ou mal ele é a certeza de um amanha com qualidade e não um amontoado de promessas vazias sem um mínimo de critério.

Manoel Cláudio – 01/08/2011 – 04:53h.

Manoel
Enviado por Manoel em 01/08/2011
Reeditado em 05/08/2011
Código do texto: T3131754
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