A VIDA É UMA PIADA?
Se a vida é só essa terrena passagem, efêmera e fugaz, ela é uma piada, pequena, irrazoável, tola, um ser e existir em preto e branco, descolorido, sem arte ou enfeites, atavios ou ornatos, com felicidades que sempre se terminam na dor e no sofrimento.
Grandiosa como o universo e pequena como a compreensão, a vida, nossa vida interior, mar de muitas vagas, sonhos de muitas praias de águas claras e serenas, é um constante vagar de questionamentos.
Ela pede ação e intensidade, razão e reflexão, mas acima de tudo amor. E o que dela fica, mesmo em círculo restrito, nunca será efêmero, nosso pensamento, nossa jornada de significações.
Variadas mentes se colocam frente à vida de forma nostálgica e depressiva, outras de forma alegre em permanências, àquelas se esquecem da necessidade de abrir janelas para o mundo deixando entrar o sol, estas do silêncio para a busca interior sintonizada com nossas origens.
Muitas mentes privilegiadas conceituam de forma irrespondível o que seria a festa da vida, e elegem conceitos claros e intransponíveis.
Shopenhauer, filósofo alemão, afirma: “As alegrias da vida são como esmolas colocadas no prato do mendigo. Com elas consegue sobreviver para continuar na miséria”. Essa visão pessimista é dura e cruel, mas não é hipócrita.
Nas palavras do Padre Ratzinger, hoje Papa Bento XVI, “o invisível é mais real do que o visível, porque nosso coração não foi feito para o invisível”. As coisas palpáveis são ilusões. Mas nem por isso o milagre da vida deve ser relegado ao mais simples. Ela é o “mais simples” em natureza, e o mais rico em imemorialidade. Olhe-se o mundo e o que lhe deu o homem em termos de história nessa unidade da qual todos fazem parte. Com maldades ou bondades, só resulta uma verdade: A VIDA É SAGRADA.
Nosso coração não foi feito para a "REALIDADE DO INVISÍVEL", valha o paradoxo.