A RECEITA DE BACALHAU DO VÔ MANUEL
Meu avô Manuel cujo país de origem, seu nome já diz. Preparava um bacalhau ao forno de fazer inveja a qualquer chefe de cozinha famoso.
Estão vivas as lembranças, da mesa posta para o almoço de domingo, na casa de meus avós paternos. É só fechar os olhos e vejo como se lá estivesse.
As diferenças culturais desse casal, era algo que não os incomodava, conviviam com respeito, já que a nona Assunta também já trazia no nome seu país de origem.
Lembro-me que o domingo que minha mãe me chamava pra colocar o vestido de organdi rosa com bolinhas brancas, e o sapatinho de verniz preto. Penteava meus cabelos lisos e finos, tentando prender neles um laço de cetim rosa, do mesmo tom do vestido. Eu já sabia, que o almoço era na casa de meus avós paterno.
E toda arrumada seguia com meus pais, para tomar o bondinho, que andava sobre os trilhos, ligando nosso bairro ao deles.
Meus avós moravam em uma vila chamada: "Vila dos Coqueiros", e honrando o nome, era ladeada por majestosos coqueiros. Uma visão tão bela que mesmo vivendo em uma reserva florestal que mais parecia um paraíso, essa vila se destacava pela beleza.
A casa de meus avós, era simples e acolhedora, como todas as outras do lugar.
Era só abrir a porta da casa, e já sentia o aroma da refeição deliciosa de minha nona e do meu avô, pois ambos adoravam cozinhar.
E na mesa farta, a culinária italiana convivia de maneira democrática com a portuguesa.
Só de lembrar o sabor da bacalhoada preparada por meu avô Manuel, minha boca enche de água.
Hoje, vou preparar a mesma receita que herdei dele, para o almoço em família.
Capricho sempre, mas por mais que me esmere, o sabor nunca fica nem de longe igual ao bacalhau preparado por meu avô. Fico pensando que a receita tinha algum segredo que ficou guardado com ele a sete chaves.
Aqueles domingos ficaram em minha memória, pelo sabor delicioso da refeição, mas algo maior sempre chamou minha atenção, e me serviu de lição, o respeito com que meus avós conviviam com as diferenças que traziam de suas origens e costumes.
Enquanto a alegre italiana Assunta, cantava as belas canções napolitanas, e dançava com a vassoura pela cozinha. Meu avô português Manuel, quieto e compenetrado a tudo assistia, sentado num canto da cozinha, sem participar, mas sem deixar de apreciar.
Bom, vou preparar o bacalhau que daqui a pouco meus queridos chegam pra almoçar.
Não fica saboroso feito o do meu avô, mas como eles não comeram o que o seu Manuel preparava, apreciam muito o que faço.
Aqui se aplica o ditado: quem não tem cão, caça com gato.
Meu avô Manuel cujo país de origem, seu nome já diz. Preparava um bacalhau ao forno de fazer inveja a qualquer chefe de cozinha famoso.
Estão vivas as lembranças, da mesa posta para o almoço de domingo, na casa de meus avós paternos. É só fechar os olhos e vejo como se lá estivesse.
As diferenças culturais desse casal, era algo que não os incomodava, conviviam com respeito, já que a nona Assunta também já trazia no nome seu país de origem.
Lembro-me que o domingo que minha mãe me chamava pra colocar o vestido de organdi rosa com bolinhas brancas, e o sapatinho de verniz preto. Penteava meus cabelos lisos e finos, tentando prender neles um laço de cetim rosa, do mesmo tom do vestido. Eu já sabia, que o almoço era na casa de meus avós paterno.
E toda arrumada seguia com meus pais, para tomar o bondinho, que andava sobre os trilhos, ligando nosso bairro ao deles.
Meus avós moravam em uma vila chamada: "Vila dos Coqueiros", e honrando o nome, era ladeada por majestosos coqueiros. Uma visão tão bela que mesmo vivendo em uma reserva florestal que mais parecia um paraíso, essa vila se destacava pela beleza.
A casa de meus avós, era simples e acolhedora, como todas as outras do lugar.
Era só abrir a porta da casa, e já sentia o aroma da refeição deliciosa de minha nona e do meu avô, pois ambos adoravam cozinhar.
E na mesa farta, a culinária italiana convivia de maneira democrática com a portuguesa.
Só de lembrar o sabor da bacalhoada preparada por meu avô Manuel, minha boca enche de água.
Hoje, vou preparar a mesma receita que herdei dele, para o almoço em família.
Capricho sempre, mas por mais que me esmere, o sabor nunca fica nem de longe igual ao bacalhau preparado por meu avô. Fico pensando que a receita tinha algum segredo que ficou guardado com ele a sete chaves.
Aqueles domingos ficaram em minha memória, pelo sabor delicioso da refeição, mas algo maior sempre chamou minha atenção, e me serviu de lição, o respeito com que meus avós conviviam com as diferenças que traziam de suas origens e costumes.
Enquanto a alegre italiana Assunta, cantava as belas canções napolitanas, e dançava com a vassoura pela cozinha. Meu avô português Manuel, quieto e compenetrado a tudo assistia, sentado num canto da cozinha, sem participar, mas sem deixar de apreciar.
Bom, vou preparar o bacalhau que daqui a pouco meus queridos chegam pra almoçar.
Não fica saboroso feito o do meu avô, mas como eles não comeram o que o seu Manuel preparava, apreciam muito o que faço.
Aqui se aplica o ditado: quem não tem cão, caça com gato.