É estranho isso, a forma como transformamos qualquer atenção de alguém para com a gente em expectativas, possibilidades, planos e quanto maior a atenção, maiores são as expectativas e quanto maiores às expectativas, maiores são as fantasias, maiores são os planos. A real é que todas essas expectativas só acabam nos atrapalhando, virando fantasias e em meio a isso, acabamos jogando tudo o que sonhamos (às vezes) num olhar vazio, num sorriso amarelo, num abraço contigo, num te amo dito sem uma troca de olhar.

Sonhos (risos)… Sonhar é o que eu faço de melhor… se sonhar fosse esporte, eu era recordista olímpico no quesito criatividade e impulsão… eu estou sempre sonhando, criando caminhos, momentos, instantes, relações, emoções... Acredito que muitos e talvez os melhores momentos da minha vida, tenham sido apenas sonhos ou fantasias criadas por mim mesmo. Às vezes penso que esse meu vício de fantasiar, acaba se sobre-saindo sobre o meu vício de querer amar então, acabo fantasiando tanto, que acabo esquecendo o que de fato é real e o que não é.

E comigo não foi diferente, onde após tantos planos, sonhos e expectativas, eu então percebi que amor e felicidade não passam de uma queda livre, onde acreditamos estar voando, flutuando, planando… (ai, ai)… isso até sentirmos os pés no chão e percebermos que não sabemos voar, afinal, sonhos são apenas isso, saltos e sem asas, acabamos sempre no chão.

O pior de tudo é que eu já não sei mais não sonhar, já não mais não fantasiar, não mais criar, saltar e é por isso que eu sempre pulo o mais alto que eu posso, mesmo que a queda seja ainda maior… e assim eu sigo querendo acreditar estar acreditando, entende?

O problema é que o tempo vai passando e todos os sonhos e crenças vão sendo adiados, adiados, adiados e assim vamos empurrando as frustrações com a barriga, vivendo sonhos inventados que nem nós mesmos no fundo acreditamos e após tanta queda, acabamos aprendendo muito e quanto mais nós aprendemos, menos acreditamos nas coisas, nas pessoas, nas possibilidades e quer saber… eu sinto falta de quando eu não sabia nada e acreditava em tudo.

Pois é, por conta disso tudo, os meus pensamentos andam sem finais, terminando sempre em reticências...


"A real é que em O Mágico de Oz, eu seria aquele em busca de asas, até chegar no fim e enfim entender quem eu sou e então, perceber que eu nunca precisei de asas, eu só precisava de um caminho que me levasse aos meus sonhos"



(Felipe Milianos)

(rascunho sem edição)


Imagem via Tumblr
Felipe (Don) Milianos
Enviado por Felipe (Don) Milianos em 29/07/2011
Reeditado em 29/07/2011
Código do texto: T3127498
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