O Preconceito Nosso de Todo Dia
Quando falamos em preconceito logo nos vem à cabeça algo de sentido pejorativo como intolerância ou racismo. Entretanto, as formas de preconceito podem ser bem menos visíveis.
É bom recordar que em seu sentido mais exato a palavra preconceito refere-se a um pré-julgamento. E o que é prejulgar? Ocorre quando formamos uma ideia sobre alguma coisa ou alguém _ que na maioria das vezes se mostra equivocada _ apenas baseados em informações superficiais.
Ora, assim quando afirmamos que um cego não pode usar o micro-ondas, cozinhar etc estamos fazendo uma afirmação preconceituosa Então convém aqui perguntar: e os outros sentidos, não lhe servem para nada? Antes de formular e, sobretudo, de emitir uma opinião ou conceito sobre algo ou alguém, devemos primeiro conhecer-lhe a fundo. E mesmo sob essas circunstâncias é preciso ter muita cautela porque o verdadeiro saber não exclui o exercício da dúvida.
O racismo, a discriminação e a intolerância (e seus atos violentos) são as manifestações mais corriqueiras de um tipo de preconceito que já se apresenta em estado doentio.
É fácil e até certo ponto cômodo julgar que um portador de limitações físicas ou mentais seja um incapaz, ou que uma prostituta ou um homossexual sejam pessoas levianas e pervertidas. O difícil é entendê-las e dar oportunidades para que muitos desses indivíduos possam crescer.
Não escrevo estas linhas com o propósito de fazer militância disto ou daquilo, escrevo apenas para lembrar a todos (e incluo-me nessa lista) sobre a mais que urgente necessidade de aprendermos a respeitar, e quando possível, compreender as diferenças.
E você amigo leitor, já pensaste sobre isso?