Dia do escritor é um bom motivo para ler e saber que...
"O Escritor é aquele que olha com atenção o mundo e recolhe tudo o que vê e adapta para as palavras. Ao escrever ele propôe um significado próprio incluindo as suas experiências e seus devaneios. Piracicaba é um berço repleto de escritores. A benção a cada um deles. Salve a vida e a obra de todos!"
Ana Marly de OLiveira Jacobino
Eles fincaram o "Dia do Escritor" nas nossas lembranças!
Filho de João Amado de Faria e de D. Eulália Leal, Jorge Amado de Faria nasceu no dia 10 de agosto de 1912, na fazenda Auricídia, em Ferradas, distrito de Itabuna - Bahia. O casal teve mais três filhos: Jofre (1915), Joelson (1920) e James (1922).
A União Brasileira de Escritores, presidida por Peregrino Jr., apresenta em Estocolmo a candidatura formal de Jorge Amado ao Prêmio Nobel de Literatura, em 1967, embora o escritor a recuse. Durante duas horas e meia, Jorge depõe para o arquivo do Museu da Imagem e do Som, na presença de James Amado, do crítico Eduardo Portella e do romancista Antonio Olinto, dentre outros.
A UBE insiste em apresentar novamente a candidatura de Jorge Amado ao Nobel, em 1968. O escritor concorda, mas exige que ela seja feita junto com a do romancista português Ferreira de Castro, seu amigo. O cineasta polonês Roman Polanski visita o escritor na Bahia para "agradecer a alegria que seus livros me proporcionaram na juventude".
No ano seguinte lança "Tenda dos milagres" (tiragem de 75 mil exemplares), livro que começou a escrever na casa de campo do pintor baiano Genaro de Carvalho. Jorge dizia ter sido este seu melhor romance.
Em 1978, Glauber Rocha realiza documentário abordando a obra de Jorge Amado. O escritor oficializa, no dia 13 de maio, sua união com Zélia Gattai; a cerimônia acontece na casa do pintor Calasans Neto, em Itapuã.Em maio de 1999, é hospitalizado para fazer exames de rotina e tratar de um mal-estar digestivo. Em junho, a Fundação Casa de Jorge Amado lança o livro "Rua Alagoinhas 33, Rio Vermelho", sobre a casa em que o autor vivia e sobre seu cotidiano.
Cada vez mais recluso, face a seus problemas de saúde, comemora em agosto de 2000, com poucos amigos e a família, seus 88 anos. Vivia deprimido por se encontrar quase sem enxergar, sob dieta rigorosa, privando-se do que muito gostava: de escrever, de ler um bom livro e de um bom prato.
No dia 21 de junho de 2001, Jorge Amado é internado com uma crise de hiperglicemia e tem uma fibrilação cardíaca. Após alguns dias, retorna à sua casa, porém, em 06 de agosto volta a se sentir mal e falece na cidade de Salvador às 19,30 horas. A seu pedido, seu corpo foi cremado e suas cinzas foram espalhadas em torno de uma mangueira em sua residência no Rio Vermelho.
O 25 de julho foi definido como dia nacional do escritor por decreto governamental, em 1960, após o sucesso do I Festival do Escritor Brasileiro, organizado naquele ano pela União Brasileira de Escritores, por iniciativa de seu presidente, João Peregrino Júnior, e de seu vice-presidente, Jorge Amado.
Peregrino Júnior (João P. J. da Rocha Fagundes), jornalista, médico, contista e ensaísta, nasceu em Natal, RN, em 12 de março de 1898, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12 de outubro de 1983. Eleito em 4 de outubro de 1945 para a Cadeira n. 18, na sucessão de Pereira da Silva, foi recebido em 25 de julho de 1946, pelo acadêmico Manuel Bandeira.
Na obra de Peregrino Júnior revelam-se as múltiplas facetas do autor, como contador de histórias, ensaísta, crítico, médico e professor. A temática central da sua ficção, em Puçanga, Matupá, A mata submersa e Histórias da Amazônia é a visão do mundo amazônico, a imaginação do homem e a fatalidade geográfica que o conduz ao mistério dos mitos e à poesia das lendas.
O ensaísta expressa preocupação com o destino da cultura brasileira, a partir da pesquisa de raízes e divulgação de sua autenticidade. Na crítica, levanta aspectos importantes da obra de vários escritores brasileiros. O seu ensaio Doença e constituição de Machado de Assis, embora possa sugerir um estudo de natureza biográfica ou psicológica, transcende em muito tal plano. Vale-se do seu conhecimento de médico para explicar a doença e relacionar aspectos de uma constituição doentia a alguns dos recursos do escritor, como a ambivalência, a tendência explicativa, as imagens iterativas, a noção do tempo, a repetição, a preocupação da loucura e da morte.
A obra do médico e do professor versa sobre o campo específico da sua profissão: a saúde, a medicina, as tarefas da Universidade, preocupações de quem passou mais da metade da vida ensinando e em contato permanente com os jovens.
Obras .FICÇÃO: Vida fútil (1923); Jardim da melancolia (1926); O cangaceiro Zé Favela (1928); Um drama no seringal (1929); Puçanga (1929); Matupá (1933); Histórias da Amazônia (1936); A mara submersa (1960); novamente Histórias da Amazônia, reunião de histórias de Puçanga, Matupá, Histórias da Amazônia e A mata submersa (1960). Seleta de Peregrino Júnior. Org., apres. e notas de Ivan Cavalcanti Proença (1971).
Você escritor, que através dos seus escritos fazem o deleite dos meus olhos. Sem dúvida, as palavras publicadas por todos vocês, Caríssimos , me permite a cada novo dia uma explosão de conhecimentos da alma e da razão humana neste contexto histórico que vivemos.
As palavras são caminhos para as nossas manifestações, afinal, "O Escritor é o Profeta da modernidade”. Parabéns e obrigada pelos ensinamentos contidos nas suas publicações
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