ELE FEZ A DIFERENÇA
O avião da "Gol" taxiou na pista do aeroporto de Confins, posicionando-se para o vôo que nos levaria de Belô até Campinas/SP, naquela bonita manhã de sexta-feira.
"- Alô, quem lhes fala é o Comandante Mauro. Sejam benvindos a bordo do Boeing 737 da "Gol", para o vôo 1897 com destino à Campinas, com duração de 60 minutos. Quero dizer ao proprietário da cachorrinha "Poodle" que estive visitando-a no compartimento de bagagens, pois gosto muito de cães, ela está bem e muito tranquila. Faremos todos uma boa viagem."
O jato parou na cabeceira da pista, o ronco das turbinas se fez mais forte e daí a segundos ele acelerou, alçando vôo, logo após autorização da torre de controle.
Confins e seus arredores descortinaram-se lá do alto aos nossos olhos e em breve o avião já estava sobre as espessas nuvens brancas, como estivesse planando acima duma gigantesca colcha de algodão.
Pequenos solavancos balançaram o enorme pássaro de aço, face às turbulências comuns daquela região montanhosa das Minas Gerais, porém nada que assustasse a tripulação e passageiros. O Comandante Mauro novamente falou a todos nós, informando sobre aquela zona turbulenta, recomendando apertar os cintos de segurança.
Depois de algum tempo voando acima das núvens, sentimos que a aeronave desceu um pouco e pudemos ver a paisagem abaixo, com terras bem cultivadas, plantações e o gado pastando tranquilamente.
O comandante falou pelo rádio com São Paulo, disse da tentativa frustrada de aterrisar em Viracopos mas que foi recomendado a não fazê-lo por enquanto, devendo aguardar instruções. Sáo Paulo orientou-o a fazer nova aproximação com Viracopos e todos os passageiros ouvimos essa conversa nítidamente, pois a cabine e o microfone estavam abertos de propósito.
A seguir, o Comandante Mauro falou-nos sobre o que estava acontecendo (tráfego aéreo intenso) e disse que, após aquele sobrevôo da área, tentaria nova aproximação com o aeroporto de Viracopos. E em poucos minutos, mandou que a sua tripulacão se preparasse para o pouso, agradecendo a todos nós pela calma demonstrada. Acrescentou ainda que permititu ouvíssemos o seu diálogo com a torre porque assim era como deveria ser feito.
"- É assim que se faz!..." - concluiu o atencioso e experiente Comandante Mauro, ele que fez a diferença! ...
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Jundiaí, 23/07/11