Grandeza e Sabedoria
No MIT (Massachusetts Institute of Technology), uma das instituições de pesquisa das mais conceituadas no mundo, há um indiano que comanda pesquisas no âmbito da televisão 3D (tridimensional). O objetivo é capacitar as pessoas a verem imagens tridimensionais sem o uso de óculos especiais. De certo modo entendo que isso é digno de nota, na medida em que não se trata de um alemão, de um americano, de um israelense, de um brasileiro, etc., mas de um indiano. Pessoa, portanto, nascida em terra de muitos contrastes e elevados índices de pobreza, apesar de pertencer ao grupo de países detentores da tecnologia que lhes permitem a fabricação da bomba atômica.
Fico imaginando o número de admiradores, seguidores e bajuladores até que esse indiano deve ter.
Enquanto isso, aqui na nossa tão sofrida e explorada América do Sul, um vulcãozinho (ou grandão, não sei), há algum tempo adormecido no Chile, resolve acordar e causa um transtorno danado no tráfego aéreo do nosso vizinho andino e no de países próximos, deixando a cidade de Bariloche, por exemplo, destino de muitos turistas brasileiros, completamente ilhada, sem telefone, luz, etc.
Apenas isso é o suficiente para nos mostrar a superioridade da Natureza em relação aos homens, por mais admiráveis que a gente pense que eles são ou por mais indianos que eles sejam.
Então é razoável perguntarmos: quantas vezes os homens terão que reconhecer a sua pequenez diante da Natureza? Ou, numa formulação talvez mais adequada, podemos admitir que a Natureza terá a capacidade de nos demonstrar a sua grandeza (e sabedoria) tantas vezes quantas forem necessárias.