NEM TUDO QUE RELUZ É
O OLHO DO REI
EM TERRA DE CEGO
O essencial não é invisível aos olhos.
Estes é que estão embotados pelo uso de lentes produzidas para leituras de realidades fictícias. Tudo sob o patrocínio das leis do mercado, da oferta e da procura, que nos comerciais nos dizem que em terra de cego quem tem um olho é rei e é preciso tirar vantagem sempre.
Além disso, dizem os manuais de sobrevivência na selva humana que quem chegar primeiro come o melhor pedaço. E a voz do coração foi proibida de se fazer ouvir além dos decibéis permitidos pela lei da insensibilidade sustentável que regulamenta os excessos de humanismo, prejudiciais ao bom andamento dos negócios do mundo.
Nem tudo que reluz é o metal precioso e na Suíça, naquele prédio todinho, aonde os "vendilhões do templo" receptam e negociam as melhores gemas do mundo inteiro, esses homens sérios e de chapéu preto estarão entretidos com o brinquedo favorito que reluz e muito, em esverdeados esmeraldinos, azuis-turquesa e aguamarinados e com a translucidez diamantina. O que faz suas contas irem a valores estratosféricos que aparecerão nos computadores como uma linha pontilhada de números a perder de vista, valores tão fátuos como o fogo dos olhos do boitatá.
E pelos bancos do mundo, montanhas de cédulas dormem empilhadas nos cofres da usura e da ganância, anêmicas e pálidas como defuntos em seus esquifes.
O essencial não é invisível aos olhos , apenas não pode ser comprado nas lojas de departamentos, nem no bar da esquina, nem retirado com cartão eletrônico. Ele jamais se encontra facilmente visualizável, geralmente aparece em locais aonde a maior parte de nós pouco repara, e se repara acha que pode ser perigoso a gente se comprometer, ou vai nos atrasar para o nosso compromisso, quem sabe sujar nosso carro ou pisar na nossa grama.
O essencial é algo que, realmente, não é fácil de se ver, ainda que esteja bem diante do nosso nariz...
O OLHO DO REI
EM TERRA DE CEGO
O essencial não é invisível aos olhos.
Estes é que estão embotados pelo uso de lentes produzidas para leituras de realidades fictícias. Tudo sob o patrocínio das leis do mercado, da oferta e da procura, que nos comerciais nos dizem que em terra de cego quem tem um olho é rei e é preciso tirar vantagem sempre.
Além disso, dizem os manuais de sobrevivência na selva humana que quem chegar primeiro come o melhor pedaço. E a voz do coração foi proibida de se fazer ouvir além dos decibéis permitidos pela lei da insensibilidade sustentável que regulamenta os excessos de humanismo, prejudiciais ao bom andamento dos negócios do mundo.
Nem tudo que reluz é o metal precioso e na Suíça, naquele prédio todinho, aonde os "vendilhões do templo" receptam e negociam as melhores gemas do mundo inteiro, esses homens sérios e de chapéu preto estarão entretidos com o brinquedo favorito que reluz e muito, em esverdeados esmeraldinos, azuis-turquesa e aguamarinados e com a translucidez diamantina. O que faz suas contas irem a valores estratosféricos que aparecerão nos computadores como uma linha pontilhada de números a perder de vista, valores tão fátuos como o fogo dos olhos do boitatá.
E pelos bancos do mundo, montanhas de cédulas dormem empilhadas nos cofres da usura e da ganância, anêmicas e pálidas como defuntos em seus esquifes.
O essencial não é invisível aos olhos , apenas não pode ser comprado nas lojas de departamentos, nem no bar da esquina, nem retirado com cartão eletrônico. Ele jamais se encontra facilmente visualizável, geralmente aparece em locais aonde a maior parte de nós pouco repara, e se repara acha que pode ser perigoso a gente se comprometer, ou vai nos atrasar para o nosso compromisso, quem sabe sujar nosso carro ou pisar na nossa grama.
O essencial é algo que, realmente, não é fácil de se ver, ainda que esteja bem diante do nosso nariz...