O AMOR JAMAIS ACABARÁ.

Não há mais clareza do que estar ao lado da inocência, o amor mais puro, a verdade. O homem nasce inocente, a criança é o maior testemunho dessa verdade, por ser exclusiva verdade. Surge a consciência que impõe o arbítrio, simbolizando o que seja o bem e o mal. Apaga-se a inocência ficando comprometido o amor. Só ama incondicionalmente aquele que não necessita do arbítrio para dirigir sua vontade, nessa condição ama sem recusas ou preitos de retorno. Não acabará, contudo, o amor, como sinaliza São Paulo, por nascer bom o homem, sendo assim seu interior sedimentado em sua origem.

Conhecendo-se integral e verdadeiramente, o homem verá em si mesmo a razão pela qual veio ao mundo,de forma inocente, para amar, inicio, meio e fim de sua chegada, e por esse caminho entenderá, de onde veio e para onde irá após cumprir sua jornada, que será envolvida pela maxima força que o gerou, fonte e nutriz de seu ser, sendo dela conteúdo e pregão, pregador e pregoeiro, mensageiro e receptáculo, devendo propagá-la nesse tom, com esse timbre, sonante e espectral, transpondo fronteiras visíveis e invisíveis, para após ir ao encontro de Deus, o Infinito.

O amor jamais acabará. A vida, sagrada e abençoada, chega em imensa alegria e festas, como criança. Ela é e representa puro amor, pela inocência. Surge no planeta rica em pureza e se vai quando extinta manchada por sua perda. E assim ocorre pelo simples motivo de não entender bem que como chegou partirá, de mãos vazias.A perda da inocência não divide, não doa, não é caridosa, não ama, mas o amor, jamais acabará. Só "quando vier o que é perfeito".

“O amor jamais acabará. As profecias desaparecerão, as línguas cessarão, a ciência desaparecerá. Com efeito, o nosso conhecimento é limitado, como também é limitado nosso profetizar. Mas quando vier o que é perfeito, desaparecerá o que é imperfeito. Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Quando me tornei adulto, rejeitei o que era próprio de criança. Agora nós vemos num espelho, confusamente, mas, então veremos face a face. Agora, conheço apenas em parte, mas, então, conhecerei completamente, como sou conhecido. Atualmente permanecem estas três: a fé, a esperança, o amor. Mas a maior delas é o amor.” Coríntios. Cartas. São Paulo.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 24/07/2011
Código do texto: T3116437
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