Crônica da morte enunciada de Amy: To know Him is To love him
Ouvi Amy no apartemento do Márcio amigo da Renata, minha meia irmã, em São Paulo, pela primeira vez. Referiam-se a ela dizendo "a louca", o que banalizava o eventual desejo de qualquer pessoa de ouvi-la. Todos bebiam com excessão da Renata, e riram quando disse que ainda não tinha ouvido. E botaram lá o cd como se tivessem prestes a me apresentar Ivete Sangalo. Minha alma preta e branco veste soul e foi paixão imediata: You know I´m no good saia dos anos 50 e atravessava meu corpo, o baixo, a voz confiante, os trompetes, aquilo que crescia para suspender acordes metálicos numa pausa silênciosa de onde brotava, pra saciar minha sede, sua voz rasgando com dificuldade dissimulada inigualável todos os véus e, You know I´m no good too. And you?