Texto para uma noite de desejo.
Tinha a memória de bicho.
À noite,
O corpo sabe muito bem disso,
Ouve e uiva seu nome.
O sangue, que quase pára e enrijece, era a causa para tornar absurdas as promessas e pedidos nas preces. Trocaria toda sua prosa e versos por prendê-los numa única rima, assim promete. Nome, corpos e memórias combinariam muito bem numa jaula. Quando lembrava dela acordado, o colchão ortopédico, dificultava que pegasse no sono de barriga para baixo. Sonhava em vê-los como dois animais.
Tinha a memória de bicho.
À noite,
O corpo sabe muito bem disso,
Ouve e uiva seu nome.
O sangue, que quase pára e enrijece, era a causa para tornar absurdas as promessas e pedidos nas preces. Trocaria toda sua prosa e versos por prendê-los numa única rima, assim promete. Nome, corpos e memórias combinariam muito bem numa jaula. Quando lembrava dela acordado, o colchão ortopédico, dificultava que pegasse no sono de barriga para baixo. Sonhava em vê-los como dois animais.