Santos e São Vicente

 

 

A barulhenta balsa deu um tranco ao atracar. Os carros saíram enfileirados e logo alcançaram a orla. Eu não reconhecia nada, boquiaberta olhava os prédios e tudo em volta. Meu marido apontou o Aquário, a filha nunca tinha entrado lá e nós, há quanto tempo! Muita gente circulava pelos jardins com os cabelos ao vento. Quase ninguém na areia naquele dia bonito, mas de temperatura pouco convidativa. Seguimos pela avenida tentando ajustar lembranças, até que lá adiante a cidade virou outra. A filha ficou surpresa, não imaginava que Santos e São Vicente fossem assim grudadas, pensava que tivesse ao menos um espacinho entre elas. Avistamos a Biquinha e depois, emocionados, atravessamos a velha Ponte Pênsil... O marido contou que antigamente era por ali que passava todo ano para as férias em Itanhaém... Na volta estacionamos diante do Museu Histórico e Geographico e seguimos a pé até a praia, onde tencionávamos tomar uns aperitivos. Mas o vento forte nos fez mudar de idéia, sentamos no terraço do Gáudio aproveitando também para apreciar a paisagem. Cheguei a invejar os transeuntes, pensando nas caminhadas que podem fazer ao longo daquele calçadão rodeado de tanta beleza. E viajei no tempo, lembrando as amigas e amigos paulistanos que costumavam freqüentar aquela cidade e sempre falavam das brincadeiras, paqueras e namoricos acontecidos por lá ...

 

 

Há muito eu não ia para esses lados onde vivem as amigas Anita D Cambuim, Ana Toledo e Daisy Zamari. Estávamos em Bertioga e resolvemos de repente fazer o passeio, por isso nem deu para avisá-las. Prometo combinar tudo direitinho da próxima vez, assim poderemos nos encontrar e bater um longo papo ‘ao vivo’.