Estranho
Estranho muitas vezes está covardia que está em mim
Derramar lágrimas pelas coisas simples da vida
Estranho também este fortalecimento que estas lágrimas me dão.
Seria uma fuga? Um encontro? Um reencontro? Uma vaidade? Um Egoísmo?
Fraquezas estão em mim e elas são estranhamente as minhas fortalezas
Estranho este pensar que das tristezas chego às alegrias
Do desânimo chego aos momentos de ânimo
Revertendo as direções
Esta visão, esta opinião que condensa quem sabe tanto sofrimento
Deixar-me-ia assim na alma um rastro de destruição, de desespero pela vida?
Pelo contrário, estranho este sentimento de alegria, de coragem, de incentivo à vida
Que me chega pelas simplicidades dos momentos
Folhas se desprendendo das árvores ora levadas pelo vento
Ora caídas ao chão
Como posso eu um simples pensamento caminhante
Salvar estes simples desapegos da natureza à minha alma
E os reverter como forma da grandeza divina?
Estranho este meu perfil de desapego pela morte
Quando a vejo apenas como um novo caminho para a vida ir adiante
Levar adiante tantos pensamentos pela alma sem o corpo presente
Eu estranho tantos momentos que da ação e reação
Estabilizam-se na melancolia.
Como se fosse ela a verdadeira sabedoria aqui nesta terra
De tantas árvores ainda verdes e tantas folhas secas ao chão.
Talvez a minha inteligência leve a minha vida no meu dia-a-dia adiante
E a minha sabedoria a esteja preparando para transpor mais uma simples fronteira
Ou talvez, eu seja apenas sentimental demais