Estranho

Estranho muitas vezes está covardia que está em mim

Derramar lágrimas pelas coisas simples da vida

Estranho também este fortalecimento que estas lágrimas me dão.

Seria uma fuga? Um encontro? Um reencontro? Uma vaidade? Um Egoísmo?

Fraquezas estão em mim e elas são estranhamente as minhas fortalezas

Estranho este pensar que das tristezas chego às alegrias

Do desânimo chego aos momentos de ânimo

Revertendo as direções

Esta visão, esta opinião que condensa quem sabe tanto sofrimento

Deixar-me-ia assim na alma um rastro de destruição, de desespero pela vida?

Pelo contrário, estranho este sentimento de alegria, de coragem, de incentivo à vida

Que me chega pelas simplicidades dos momentos

Folhas se desprendendo das árvores ora levadas pelo vento

Ora caídas ao chão

Como posso eu um simples pensamento caminhante

Salvar estes simples desapegos da natureza à minha alma

E os reverter como forma da grandeza divina?

Estranho este meu perfil de desapego pela morte

Quando a vejo apenas como um novo caminho para a vida ir adiante

Levar adiante tantos pensamentos pela alma sem o corpo presente

Eu estranho tantos momentos que da ação e reação

Estabilizam-se na melancolia.

Como se fosse ela a verdadeira sabedoria aqui nesta terra

De tantas árvores ainda verdes e tantas folhas secas ao chão.

Talvez a minha inteligência leve a minha vida no meu dia-a-dia adiante

E a minha sabedoria a esteja preparando para transpor mais uma simples fronteira

Ou talvez, eu seja apenas sentimental demais

Robertson
Enviado por Robertson em 20/07/2011
Código do texto: T3106811