DEPRESSÃO PÓS PARTO.



Acabo de ler uma matéria em que uma publicitária conta o drama que viveu após o parto de seu filho.
Desalento, excesso de zelo pelo bebê, cansaço extremo, chorar em baixo do chuveiro, dificuldade pra amamentar, sem sentir prazer ao fazê-lo, culpa, insônia nos únicos momentos que tinha pra descansar. Esse era o quadro que ela apresentava desde que o filho nasceu, e ele já estava com cinco meses. Só então ela resolveu buscar ajuda médica, e se tratar.

Uma pena, que ainda as mulheres demorem tanto em buscar ajuda, para essa doença que acomete um número expressivo de parturientes no mundo inteiro.
A maneira como a sociedade pinta com as cores do arco-íris, a chegada de um filho, contribui muito para que as mulheres que dão a luz, e estão sentindo-se deprimidas, demorem para buscar ajuda.
Participo de um trabalho com gestantes, e vejo que elas se sentem culpadas e envergonhadas, quando sentem-se deprimidas.
A família e os conhecidos passam a elas a idéia de que a maternidade é só flores. Um momento especial na vida da mulher, onde somente sentimentos bons e felizes podem sentir.
Elas muitas vezes se assustam, com o que lhes vai na alma.
Assim, que o bebê nasce, ao invéns de sentir alegria, sentem desconforto.
O medo de não dar conta, de não saber direito o que fazer, a tristeza que vem, não sabem de onde, mas está ali, como uma sombra a encobrir a felicidade que deviam estar sentindo.

Depressão pós parto precisa ser tratada!!
A variação hormonal que acomete a mulher nesse período, é um dos causadores desse mal. Outras causas, vem da ansiedade e receios que cercam a maternidade.
E um terceiro de causas espirituais profundas.
Que nesse texto não vou abordar, pois, merece um estudo aprofundado e demorado sobre o assunto.

Mas, importante é se estar alerta para os sintomas que envolvem essa doença. E buscar ajuda.
E nunca se envergonhar e esconder o sofrimento pelo qual está passando.
Ele é real!!! E tem nome: Depressão pós parto.
Não substime a tristeza, desânimo, insônia, choro constante, que perdure por mais de 15 dias após o parto.
Busque ajuda médica.
O que nenhuma mulher precisa nessa hora, é de mais um sentimento ruim: A CULPA, por estar sentindo o que sente.

Não há do que se culpar. É uma doença, que dá e passa. Quando cuidada devidamente.

É uma pena saber que no século XXI com tanta informação disponível, tantas são as mulheres que ainda são vítimas de um sofrimento desnecessário.
Que pode inclusive levar a desastres emocionais dolorosos.




Lenapena
Enviado por Lenapena em 20/07/2011
Reeditado em 09/11/2011
Código do texto: T3106790