A montanha

É no silêncio que se acalmam as emoções, e é nele que pensamos com clareza. Por isso vamos nos exercitar em seu aprofundamento. Quando chamamos as forças do mundo, em determinados momentos, fazemos vir a destruição em nosso universo proximal. Desta forma, só nos resta acedermos aos princípios do equilíbrio e da paz e aceitarmos que no momento nada podemos, aguardando.

O mundo é dono de matéria densa que traz em seu bojo um forte poder vibracional que emana sensibilidades e sentimentos. Se nos deixarmos, desta forma, sermos controlados por ele jamais poderemos ter as atitudes suaves e os pensamentos neutros necessários para expressarmos o poder do sábio que existe dentro de nós. Não conseguiremos manter em nossas atitudes a fluidez necessária para vivenciar os acontecimentos mundanos e tirar deles o aprendizado sublime, necessário para o nosso aprendizado espiritual.

É imprescindível que emanemos o silêncio neste momento, buscando um local sadio e pleno de paz, para que possamos aprofundar em nossa consciência a força de nossa essência no todo, para podermos expandir o conhecimento puro que habita na quietude de nossa alma. Para tanto é necessário que não nos permitamos julgar nem tirar conclusões acerca dos acontecimentos no orbe, por que eles são passageiros e dizem respeito apenas a este universo fugaz, não sendo eles fruto direto da essência de Deus, apesar de serem eles mesmos, parte de Sua vibração mais distante.

O Divino só pode atuar em consciências que o aceitem plenamente, com fé, resolução e disciplina, prestando para Ele um ambiente de serenidade e constância. Para isso é necessário que pratiquemos com assiduidade a meditação, assim reduziremos a ação dos elementais inferiores, tornando possível a atuação de Deus no nosso universo pessoal. Mantendo-nos tranqüilos como a montanha, seremos agraciados com a abundância, a prosperidade e a felicidade aqui, já neste mundo.