O primeiro amor.

Toda essa história do primeiro grande amor, aquele que você nunca esquece é mesmo linda... Ao menos que o seu príncipe encantado, conhecido como amor verdadeiro, faça o estilo cretino e vendedor de tapete, aquele que só aparece quando você não está precisando nem um pouco dele. Infelizmente eu tive o desprazer, para não dizer azar, de cair bem no segundo grupo. No começo é tudo mesmo lindo, um tanto encantador e quando se dá conta já está mais do que apaixonada. Mas tudo tem um fim, e então um belo dia chega a hora do seu final não muito feliz. Algumas lágrimas, talvez uma ou duas noites sem dormir, todas as músicas te lembram ele e você o odeia por no máximo 15 segundos. O coração dispara só de vê-lo, nem que seja de longe... O tempo corre e você percebe que ele nem era tudo aquilo não. Conhece outras pessoas, se apaixona perdidamente coisa e tal. Você pensa que o esqueceu e que superou, e é aí que o cretino reaparece, fala que nunca te esqueceu e que sentiu uma vontade de te beijar novamente, você toda ingênua cai na lábia do safado de novo e tudo volta a se repetir... E quando ele reaparece novamente você sabe que todas aquelas palavras são falsas, e com o coração se despedaçando fala que não quer mais nada e simplesmente segue em frente. Triste mas segue. Mas tudo passa e isso passa também. A gente cresce, aprende, vivencia e deixa de ser boba ! Tudo isso eu já sabia, mas foi hoje que eu finalmente compreendi a verdadeira magia do primeiro amor da gente.Você só pensa nele de vez em quando e ele não te tira mais o sono, as músicas não despertam nada dentro de você, só sente saudade às vezes e sabe, sinceramente, que não o ama mais. Se ele aparece do nada você não se descompõe por dentro. Porém você se coloca a imaginar nos 'ses' da vida. E se.. E se.. E se.. Seu coração não dispara mais, só fica o olhar vazio e a vontade imensa de ir atrás dele, não para agarrá-lo ou dizer aquelas palavras entaladas até hoje na gargante, aquelas que você nunca teve coragem de dizer. E nem para chamá-lo de idiota ou então se declarar pra ele. Apenas para olhá-lo e sentir o que ele ainda desperta em você. E vem aquela vontade de estar na vida dele, fazer parte do seu grupo de amigos e frequentar os mesmos lugares que ele, só para estar perto o bastante para admirá-lo. E então eu descobri que a magia está aí, não no estar perdida e eternamente apaixonada pela mesma pessoa, mas no querer sentir o friozinho na barriga quando ele chega e olha para você. A magia está no platônico, por que o platônico agrada a todos nós. E você consegue deixá-lo ir quantas vezes for preciso.