Chame o ladrão!

Quando fico sozinho em Curitiba nos finais de semana, como neste, percorro as recomendações da Gazeta do Povo.

Emerson Nogueira no Teatro Positivo? Ótimo programa, mas já aconteceu; Museu do Olho? Já fui e voltarei muitas, mas não hoje...; o filme do Harry Potter? Sei não.... Marcha das Vadias, das 9 as 11 saindo do Centro Cívico até a Boca Maldita. Quequéisso!? Essa mania de andar no Parque Barigui pela manhã me fez ficar só na curiosidade... Gibicon... Jogo do Coxa no Couto(aaargh!). Perai, que negócio é esse de Gibicon?  

" Evento internacional de história em quadrinhos, que vai ocupar diversos espaços da cidade de Curitiba com minicursos, oficinas, palestras, debates e muitos convidados da área..."

Vou conferir, sem dúvida, pois gibi é uma das poucas coisas sobre as quais poderia dar aula.

Isso começou há muito tempo: reza a lenda que o pai gostava de contar prá todo mundo que quando eu tinha 4 ou 5 anos e ele comprava um gibi na cidade, vínhamos de ônibus prá casa e eu aprontava o maior berreiro pois acabava de ler antes mesmo de chegar no ponto final e queria que ele voltasse prá comprar outro. Se eu já sabia ler com essa idade ? Segundo o pai, aprendi com os gibis...

Tio Patinhas; Pato Donald e seus sobrinhos Huguinho, Zezinho e Luizinho; Margarida; Mickey, Minie, Pateta, Pluto; Fantasma; Mandrake; Cavaleiro Negro... eram mais que companhia.

Na época, eu como todos os meninos torcia (contra ou a favor?) pelos Irmãos Metralha que, atrapalhados como só eles, invariavelmente se davam mal na tentativa de roubar o Tio Patinhas e sua moeda no.1, mas havia outros malfeitores: Maga Patalógika, Madame Min, Joáo Bafo-de-Onça, Mancha Negra...

Era uma turma da pesada mas que não chega aos pés dos nossos "mui dignos representantes" das muitas brasilias de hoje.

Juro que dá vontade de fazer como o Chico na música "Acorda Amor" e chamar o ladrão...


Leo
Leonilsson
Enviado por Leonilsson em 16/07/2011
Reeditado em 12/11/2011
Código do texto: T3099220
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