A FORÇA DO VERBO

Palavra é energia, palavra é força. A palavra cria, a palavra realiza. Fiat Lux... E a luz se fez. A cada vez que dizemos algo, plasmamos alguma coisa no universo, deixamos uma marca. Ecos que vão se cristalizando e produzem efeitos. Daí a importância e todo o cuidado que devemos ter quando dirigimos a palavra a alguém. Tudo precisa ser pesado, medido. Para isso, pensado. Não se deve, simplesmente, “falar pelos cotovelos”, como se diz. Uma palavra impensada pode causar grande estrago. É mais sábio ouvir do que falar. E quando se falar, é preciso ter a medida exata do alcance do que será dito. Quantos desastres, quantos mal entendidos gerados por uma palavra impensada? Mesmo as coisas ditas em tom de brincadeira precisam ser melhor avaliadas. E a crítica que fazemos? Ah, criticar é fácil. Perceber o valor é que é difícil. E as palavras ásperas, despidas de carinho, ou até mesmo impregnadas de ódio? Essas são as piores, as mais nefastas. Quando não tivermos nada de bom para dizer a alguém ou sobre alguém, o melhor é calar. Palavras de elogio, de incentivo, são palavras que ajudam o outro a crescer. Não se trata de “encher a bola” de ninguém. Mas, estar atento às qualidades inerentes a cada pessoa. Ninguém é só defeitos. Todos nós temos pecados e virtudes. Se pudermos focar as virtudes, melhor. Desprezemos o lado sombra das pessoas e nos arvoremos na luz que cada um traz dentro de si. Essa é a melhor receita de se bem viver e de se fazer com que o outro se sinta como alguém especial. É muito bom quando elogiamos as qualidades de alguém. Ao contrário, quando enfatizamos defeitos, mesmo os existentes, não estamos contribuindo em nada. Estamos é aprofundando o buraco e levando o outro a se desprezar mais ainda. Pense nisso: uma palavra atenciosa, um gesto de carinho, de acolhimento pode significar tudo. Pode transformar uma vida. Antes de falar, conte até dez. Pode ser que você chegue à conclusão que o silêncio, às vezes, é mais importante que uma observação gratuita ou uma crítica que pode gerar consequências imprevisíveis. Penso, às vezes me calo. E quando falo, que seja para exaltação.

José de Castro
Enviado por José de Castro em 15/07/2011
Reeditado em 21/07/2013
Código do texto: T3097984
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