No dia do homem, prepare o fiofó!
Hoje, 15 de julho, é dia do homem. Quase ninguém sabe que hoje é dia dedicado ao homem. No dia da mulher, é rosa pra lá, é mensagem pra cá, paparico pra mais da conta para esse ser tão doce e misterioso, elegante e vaidoso. Mas no dia do homem, ninguém lembra.
Na verdade, no seu dia, o homem só pode esperar dedada no orifício do intestino grosso. A data foi inventada por grupos de defesa dos direitos masculinos para estimular a população masculina a cuidar da saúde, principalmente da próstata. Por preconceito, muitos homens ainda se recusam a fazer o exame preventivo, tão importante para a saúde.
No dia do homem, os machos também são convocados a falar sobre aquela brochada geral, a chamada disfunção erétil que atinge mais de 150 milhões de homens em todo o mundo. O cabra às vezes aperreado com as contas pra pagar, o estresse do cotidiano e outras perturbações emocionais, na hora da pingolada fica com o pingolim na mão, mais enrolado do que cordão no bolso. É hora de ir ao médico contar as desaventuras, deixar a vergonha de lado e procurar o urologista.
O dia do homem pretende contribuir para valorização, melhorando a autoestima de nós cabras machos, até porque o homem está muito esquecido pelo Governo e suas políticas. Uns até, coitados, esquecidos pela mulher, pelo Governo, pelos amigos. Meu compadre Sonsinho, por exemplo, revela-se um homem infeliz. No dia do homem, faltou cerveja na geladeira e Madame Preciosa se recusou a transar. Sofrimento, sede e tortura. Ele se une aos demais homens para pedir: no dia do homem, as mulheres deveriam dar uma trégua nas admoestações moralizantes, fornecer cerveja e “caixa de rapé cabeluda” aos seus homens, sem restrição. Os que não levantam mais a moral, fazer como ensina meu compadre Geraldo Caranguejo: “quem não come bebe o caldo”.
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