OS VÍCIOS DO VERBO AMAR...

O medo da solidão torna o homem dependente,

carente,

frágil.

Fragilidade essa facilmente apreciada no medo de discutir o assunto.

É como se por trás de tudo isso, existisse o medo de quem nos conhece.

Deve-se ter medo de quem de nos conhece as fraquezas, as mazelas, os pontos fracos?

será que poderão utiliz´-las contra nós mesmos!

E o que acontece ao invertirmos nos outros a esperança de sermos felizes?

São eles que devem nos fazer feliz?

tarefa séria essa não?

não seria mais viável cuidarmos de nos mesmo e da nossa felicidade? como diria Augusto Cury, não seria mais fácil determinarmos quem guia nossa história?

E no palco da tua vida quem vai ser o ator principal?

É certo investir nos outros, a esperança desses outros nos fazer felizes?

Seria essa atribuição responsável pela grande ansiedade pelos resultados desse investimento?

É certo gerar essa grande expectativa de receber a felicidade do próximo?

Seria esse o motivo de grandes exigencias?

E a frustação é de quem? de ambos. Isso porque se esgotam os mananciais de doações, de investimentos e da busca inconstante do retorno do investimento.

O inconciente e o conciente disputam deixando o homem enquanto ser, ancioso, sem apreciar sequer o caminho pela busca à felicidade.

Como diria CARLEIAL, É claro que a felicidade tão almejada tem muita relação com a pessoa do sexo oposto. Esta é a programação natural, ditada e traçada pelas forças instintivas biológicas; não fosse assim, não teríamos sequer prosperado como Humanos. O “crescer e multiplicar-se” não é só um ditame divino; é o destino genético de todos os animais e vegetais.

CARLEIAL também acredita que a fonte maior da felicidade encontra-se dentro de cada pessoa, na riqueza e diversidade da sua vida mental; na criatividade e utilidade de seus atos positivos a si, e aos demais seres.

A dificuldade está na razão de, quase todos buscarem fora essa felicidade, como se ela fosse alguma coisa extra; algo como uma dádiva do destino; ou, ainda, uma oferenda dos deuses.

E após um delicioso jogo de conciencia, CARLEAL define genuinamente a felicidade, que não é mais que o viver adequado do indivíduo no seu meio, é fruto de seu mundo interior, de sua formação, educação, bom senso, maturidade e alguns poucos “rasgos” de sorte.

E o resto??? e a dependencia existencial outrora tão referida e acreditada enquanto formula para a felicidade?

A experiência existencial é um fenômeno inexplicável, individual, única, intestemunhável e, sobre tudo, não-solidário. A existencia vem marcada por vícios existenciais de tal forma que o fato de atribuir ao outro, responsabilidade sobre seus desjos e conquistas tornam se fuga do auto conhecimento.

Ninguém é capaz de sentir, concretamente, a dor do próximo, por mais próximo que ele nos seja ou esteja. O máximo que podemos fazer é avaliar a angústia e o sofrimento alheios. Hipotecar solidariedade é o máximo que podemos e devemos fazer.Por issso, quem busca o conhecimento não tem muito a temer.

Nascemos só e, só, morreremos.

Não tem nenhuma alternativa ou desculpa. Para Carleial, esta é a maior de todas as provações e frustrações. Nenhum Ser humano vem ao mundo, mentalmente acompanhado; nem mesmo os gêmeos univitelinos. Não existe comunhão mental, a não ser como expressão romântica e literária.

Portanto, seria ideal que o homem conhecece a si mesmo e tornasse um grande a preciador de si mesmo. Que substituissse a dependencia existencial viciosa pelo conciente intelectual. Que conseguisse relacionar-se com os outros, que amasse verdadeiramente, mas que, ocupasse sua obcessão viciosa pelo conhecimento e novas descobertas.

Que apreciasse o caminho da busca pela felicidade e que acima de tudo quisesse amar o outro sem interesses, sem exigir retornos apenas porque o fato de amá-lo vale a pena.

Niranete Martins.

SENHORA MARTINS DIAS
Enviado por SENHORA MARTINS DIAS em 13/07/2011
Reeditado em 19/12/2014
Código do texto: T3093763
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