A INTELIGÊNCIA NÃO MATA.

Inteligência limpa, sem interesse, não mata, antes ama.O ódio está na conquista de valores e na indiferença ao ser humano.

O ódio mata, mata a forma e a alma que veste a forma, seja qual for sua origem. A morte por valores de dominação é e sempre foi repulsiva na história. O amor virou a página da dominação e da escravidão, muitos não conhecem a história e seus mártires, mas os maiores mártires são os que a história não registra em identidade, nem mesmo em número, as crianças mortas no curso dos tempos, a inocência que não pôde abrir o vestíbulo da vida, desde o holocausto até os mártires palestinos e judeus mortos, nas “intifadas” gananciosas.

Uns pela sanha da dominação matam, outros pelo sectarismo da falácia enganosa das promessas paradisíacas aos jovens, mas todos mortos, de ambos os lados, injustamente, uma parte apenada pela inalcançável conquista da “terra prometida”, e assim será sempre, esquecidos que a promessa de Deus não pode ser construída em cima de desgraça, do “Não Matarás”.

Outros pela resistência com a vida da adolescência inocente e entregue ao martírio falso.Uma defesa ilegitimada quando se vale de vidas abortadas injustificadamente.

A forma nunca pode ser vazia, a forma incorpora a natureza em suas várias matérias e na criação provendo e amando, e é vida, sagrada. A forma é material, qualquer vazio é imaterial, por isso o amor é binário, matéria e ausência de matéria. O amor se sente, se pega, é paixão e emoção, sentido e tangido, mas não mata. É tato, pegada, aspiral, subjetivo, fumaça, razão, inteligência limpa, sem desvios.

Deus é razão de fé, não “objeto” de consciência, não é enganoso, falacioso, não quis dominações, não pregou essa infâmia, matar para possuir. Deus é vida e a quer preservada. Crer na nossa imaterialidade é aceitar ausência de matéria, de forma, da qual somos feitos, esta incorporando aquela pelo milagre da natureza, da vida que a falta da inteligência e a ganância faz matar.

Mas no vazio inteligente, virtuoso, “há forma”, no sentimento que se exterioriza, amando, existe objeto, pois todo objeto tem forma, mas forma que não mata para possuir e respeita a vida.

Quem é conhece e sente, sabe o que é. Deus está próximo pela fé, mas também nos atos de sentimento plural, na morte dos mártires, de crianças mortas, supliciadas, pelos males todos, de guerras, crime plural, de atos isolados, violentos, brutais.

Nesses fenômenos há sentimento plural em unidade, na repulsa como agora manifesto, ato de consciência social, presença de Deus.

Sabemos que “Deus é”, mas não “O que é”. Mas este “não ser” se mostra sendo, quando sua reprovação é máxima.

Faz de seus filhos veículo de sentimento. O perdão tem razões palpáveis...mas não há perdão para quem mata a inocência.

A verdade suprema de todas as religiões é o estado de consciência de entrega do sentimento, e ele é forma quando surge e se articula com gigantesca força, é agora.... mas nunca mata.

Não se mata em vão a inocência...é bom repetir sempre.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 13/07/2011
Reeditado em 13/07/2011
Código do texto: T3093466
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.