Encontro ocasional
_ “Bom dia, me “vê” um café.”
Disse o rapaz antes mesmo de encostar-se ao balcão da lanchonete...
Ele estava com pressa, não se sabe de que, mas estava tão apressado que nem se deu conta de quem estava no balcão; era aquela com que dividiu um ano, sete meses e dois dias de amor eterno...
Ele ia beber o café rápido, mas queimou a língua, então resolveu esperar esfriar... Olhou para o lado e quando olhou para o outro viu quem estava ali, ele congelou e ela estava no celular (Também não tinha percebido que ele estava ali).
Enquanto ela falava no celular, ele resolveu engolir o café e sair despercebido... Tirou umas moedas do bolso e estendeu as mãos trêmulas para o balconista. Quando ia sair escutou um “Olá”, ela tinha terminado a ligação e visto aquele que a ligou todos os dias, durante duas semanas pedindo uma reconciliação.
O rapaz congela mais uma vez e gaguejando responde a saudação. Ele não via aquele rosto a mais de sete meses... Tentava conversar, mas a voz não saia e os olhos não conseguiam se erguer... Já ela sorriu, abraçou aquele corpo parado e deu um beijo que quase sem querer pegou no canto da boca... Agora além de congelado ele estava vermelho!
Ele virou-se de costas e disse que tinha que ir, se despediu sem olhar e seguiu sua pressa (Que agora tinha um motivo: Fuga). Ela ficou parada pensando se tinha feito algo de errado, pensou em ir atrás dele para marcar um encontro, mas também congelou...
E mais uma vez, separados... Encontros congelando atos e desencontros congelando corações...