Família Repinica
 


Quando eu era adolescente, as meninas trocavam figurinhas de artistas de cinema para preencher o álbum. Os meninos ficavam enlouquecidos com os jogadores de futebol e muitas brigas saíam na hora do ‘bafo’. Meus filhos viviam às voltas também com os astros do futebol ou com as figuras de super-heróis dos desenhos da tv. Depois veio a fase das mocinhas colarem figuras relativas ao amor – corações flechados, casais apaixonados - em papeis de carta, nos cadernos, nas agendas... Agora anda na moda colar atrás do carro aqueles adesivos da família. Fico olhando e acho um barato, me divirto: o pai, a mãe, um menino, uma menina, uma boneca... O pai, a mãe, duas crianças, um bebê de chupeta e o cachorrinho... O avô, a avó, o pai, a mãe, as crianças... Não sei onde tem para comprar, se na papelaria ou nas bancas de jornal. Mas vou procurar e no meu carro vai ficar assim, já que os filhos estão grandes, moram longe e não circulam mais conosco por aí... Um velhinho (o vovô de bengala), uma velhinha (a vovó de coque) e três cachorros! 
 
Quando a gente pensa que não há nada mais para inventar, alguém inventa!





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