NÃO SEI QUANDO DIGO O QUE PENSO OU DIGO O JÁ PENSADO


Meu “reino” por um tema! Na falta de... eu bem que poderia sair por ai em busca dos últimos mistérios do Mundo. Mas isso não é mesmo que explorar o passado? E do passado seja do Mundo seja o meu, parece coisa desinteressante no momento. Como diz Emmanuelle Hubert, vasculhar o passado é como penetrar num imenso sistema de cavernas dispondo apenas de velas para iluminar o caminho. Quanto mais profundamente o explorador se aventura nas suas câmaras e na ramificação infinita dos seus túneis, tanto mais se apercebe da escuridão que envolve a sua minúscula auréola de luz.

A propósito, andei lendo La Bruyère sobre a arte de escrever e aprendi que todo espírito de um autor consiste em bem definir e bem descrever e que é preciso expressar a verdade para escrever com naturalidade, força e delicadeza. Até que eu tento, e confesso: tenho cá o meu estilo ( eu mesma duvido que seja lá tão próprio), onde, por força da formação, geralmente me baseio no pensamento de grandes pensadores e daí já não sei quando digo o que penso ou digo o já pensado.

Persistindo a dúvida, vos asseguro,  que eu estou tentando me desvencilhar das “muletas” e começar a caminhar com as minhas próprias pernas. Juro que estou tentando.
Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 11/07/2011
Reeditado em 11/07/2011
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