O valor das pessoas
O valor das pessoas
Que valor é esse imensurável das pessoas?
Qual o real sentido dos interesses que umas pessoas nutrem pelas outras,
muitas vezes gerados por encantamentos, curiosidades, admiração, amor profundo...banalidades,
saudades.
O valor das Marias, Sofias, Helenas, vadias.
O valor das crianças, bailarinas, fadinhas, das nossas filhas, filhos,
avós, das Bentas, dos nhôs, das freiras, dos frades, dos altares e mares.
Qual o valor que temos para nós mesmos, dos amores,
das dores, dos irmãos, dos olhares, da cumplicidade que enquanto encanto há nunca findará.
Qual valor das mãos rendeiras, das sujas de tinta, da cozinheira abençoada, da cama feita, do carinho do lar,
que só as mães sabem dar.
Será que damos o valor que as pessoas merecem, ou desperdiçamos o valor aos ingratos, maltratos.
Que pena seria dar valor a quem nem o vê, no seu perfume com essência de afeição contínua, no todo azul da paz.
O valor dos amigos, dos personagens de nossas vindas.
O presentes das esquinas de nossas travessias, as queridas...
O valor dos amigos e filhos é o que temos de soberano,
que se pudéssemos cobriríamos com a aura angelical para se auto-protegerem,
e assim, nunca estarem longe do valor que tem para nós.
Minha adorada amiga, que proporcionou-me, entre todos os medos, a certeza de seu
singelo valor, o valor de um anjo amigo na nossa travessia de vida afora, onde um pequeno amor
torna a vida imensa, é o amor do verdadeiro amigo.
O amor dos pais tem seu valor por excelência, nutre nossos sentidos, dão o passo certo
errando sorrateiramente a nosso favor, amam, amam e amam...
O valor dos filhos e irmãos queridos são a certeza dos laços de vida presente, vão nos conduzindo a pensar,
a trocarmos valores, idéias, afetos, desafetos e amores.
Dos estranhos, ah, esses, são estranhos não porque são novos em nossas cadeias de vida, mas porque não enxergam
o VALOR QUE TEMOS, serão sempre os nossos estranhos.
Mônica Ribeiro
Julho/2006