FÉRIAS DE JULHO

     Não fui viajar nem volto em breve, mas essa imagem da menininha de malas prontas me fez crer que estou passeando por aí,  procurando outros ares ou mesmo um canto bem quentinho para me abrigar do frio.  A menininha, bem isso é figurativo, ok? Mas que bom eu ainda me sentir assim, à essa altura da vida. E se sentir-se jovem é uma questão de espírito, tenho então uns 18 anos, por aí.
     Mas as ferias de julho são muito curtinhas e nem pensei em viajar. O que faço mesmo nesses 15 dias é dar um tempo de tudo: esqueço relógio, celular, gente chata, não marco compromissos, só se for de lazer. A única coisa que não deixo de lado é minha relação com as letrinhas. Mesmo assim, dou uma maneirada. Nem estou escrevendo tanto. Aproveito esses momentos para escolher uns textos, participar de alguma antologia que me interesse, leio alguma coisa de outros autores, consagrados ou não. Tudo isso me alimenta a alma e me mantém viva.  
     Não estou no mundo à passeio e entregar-me ao ócio pelo ócio nem passa pela minha cabeça, mesmo tendo todo o tempo livre à meu bel prazer. Se "mente vazia é oficina do tinhoso", quero a minha bem cheia: de ideias, de atividades, de esperança, de amor ao próximo e, principalmente de energia.