UM PANELÃO PARA TREZE FILHOS !
Desde menina me encanto com a saga de algumas pessoas.
Cada ser humano, vai compondo seu livro da vida no dia a dia.
Porém alguns mostram uma coragem e determinação que os diferenciam dos demais.
Existem pessoas que mudam o roteiro de sua história pessoal de maneira surpreendente.
Conseguem isso seguindo seus instintos, e com muita perseverança em suas escolhas.
Certa vez li o depoimento de uma ex-prisioneira dos campos de concentração nazista. Quando os russos a libertaram, ela pesava 34 quilos. A pele dóia ao contato dos ossos.
O cabelo estava desaparecendo na cabeça e havia perdido boa parte dos dentes da boca.
Mas, como ela dizia, nunca perdeu a vontade de viver.
Mesmo tendo assistido a partida do "trem", levando toda sua família, para as câmeras de gás.
Outro dia uma conhecida contava com muito bom humor, sobre sua infância.
Nasceu no sertão da Paraíba. No seio de uma família muito pobre, era a sexta filha, depois dela mais sete nasceram e vingaram.
Então eram treze crianças naquele lar. A comida era pouca, a mãe bondosa cozinhava um angu e colocava o panelão no chão do único comodo da casa. Não havia mesa.
Lá reunia os treze filhos a volta do panelão, e mesmo sabendo que estavam famintos, não os deixava comer antes de agradecer a Deus pelo alimento.
Somente depois cada um ia comendo sua cota, direto do tacho e com as mãos, pois não tinham talheres.
Lembrava ela ainda que a hora do banho era concorrida, a mãe tinha uma tina de madeira onde enchia de água fresca e lá todos eram banhados, um de cada vez. Mas sempre com a mesma água, para todos. Já que por ali água era artigo de luxo. E a toalha de saco alvejado usada para secá-los também era única, lavada todos os dias, ela estava sempre alva e macia. Mas só aproveitava a pureza da água limpa e a maciez da toalha, aqueles que entravam na banheira primeiro. Os últimos encontravam a água turva, e se enxugavam com a toalha mais úmida que o próprio corpo molhado do banho.
Bem humorada ela dizia que: Em sua casa, todos queriam ser o primeiro da fila para tomar banho. A mãe não precisava chamar duas vezes, e todos corriam para ser o primeiro.
Recordava com saudade, a ternura que havia no seio de sua família.
Que mesmo com escassez de tudo materialmente falando, tinha sobra de amor.
Ela veio para a São Paulo, ainda menina. Foi ser empregada em casa de uma família, e lá mostrando a força e inteligência que sempre teve, foi incentivada pelos patrões a estudar. Formou-se em Direito, e é uma bem sucedida Advogada na capital paulista. Com isso ao longo da vida pode ajudar seus irmãos, e hoje quase todos são formados.
O poder de superação do ser humano é algo que foge a nossa imaginação.
Por isso me interesso por histórias pessoais.
Acho incrível as possibilidades infinitas que habita em cada um.
Desde menina me encanto com a saga de algumas pessoas.
Cada ser humano, vai compondo seu livro da vida no dia a dia.
Porém alguns mostram uma coragem e determinação que os diferenciam dos demais.
Existem pessoas que mudam o roteiro de sua história pessoal de maneira surpreendente.
Conseguem isso seguindo seus instintos, e com muita perseverança em suas escolhas.
Certa vez li o depoimento de uma ex-prisioneira dos campos de concentração nazista. Quando os russos a libertaram, ela pesava 34 quilos. A pele dóia ao contato dos ossos.
O cabelo estava desaparecendo na cabeça e havia perdido boa parte dos dentes da boca.
Mas, como ela dizia, nunca perdeu a vontade de viver.
Mesmo tendo assistido a partida do "trem", levando toda sua família, para as câmeras de gás.
Outro dia uma conhecida contava com muito bom humor, sobre sua infância.
Nasceu no sertão da Paraíba. No seio de uma família muito pobre, era a sexta filha, depois dela mais sete nasceram e vingaram.
Então eram treze crianças naquele lar. A comida era pouca, a mãe bondosa cozinhava um angu e colocava o panelão no chão do único comodo da casa. Não havia mesa.
Lá reunia os treze filhos a volta do panelão, e mesmo sabendo que estavam famintos, não os deixava comer antes de agradecer a Deus pelo alimento.
Somente depois cada um ia comendo sua cota, direto do tacho e com as mãos, pois não tinham talheres.
Lembrava ela ainda que a hora do banho era concorrida, a mãe tinha uma tina de madeira onde enchia de água fresca e lá todos eram banhados, um de cada vez. Mas sempre com a mesma água, para todos. Já que por ali água era artigo de luxo. E a toalha de saco alvejado usada para secá-los também era única, lavada todos os dias, ela estava sempre alva e macia. Mas só aproveitava a pureza da água limpa e a maciez da toalha, aqueles que entravam na banheira primeiro. Os últimos encontravam a água turva, e se enxugavam com a toalha mais úmida que o próprio corpo molhado do banho.
Bem humorada ela dizia que: Em sua casa, todos queriam ser o primeiro da fila para tomar banho. A mãe não precisava chamar duas vezes, e todos corriam para ser o primeiro.
Recordava com saudade, a ternura que havia no seio de sua família.
Que mesmo com escassez de tudo materialmente falando, tinha sobra de amor.
Ela veio para a São Paulo, ainda menina. Foi ser empregada em casa de uma família, e lá mostrando a força e inteligência que sempre teve, foi incentivada pelos patrões a estudar. Formou-se em Direito, e é uma bem sucedida Advogada na capital paulista. Com isso ao longo da vida pode ajudar seus irmãos, e hoje quase todos são formados.
O poder de superação do ser humano é algo que foge a nossa imaginação.
Por isso me interesso por histórias pessoais.
Acho incrível as possibilidades infinitas que habita em cada um.