COMO SERÁ QUE ELES SE SENTEM?
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O e-mail chegou relatando o ocorrido em um renomado restaurante da capital paulista, dando conta do mal estar causado quando da chegada ao recinto do ex-ministro chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, alguns de seus familiares e amigos.
Diz a mensagem que, à sua chegada, os olhares dos demais frequentadores se cruzaram, já antevendo o que poderia vir a ocorrer.
E não deu outra. Já devidamente acomodados em seus lugares, os integrantes do séquito de Palocci (ele, principalmente) foram alvo de hostilidades, que começaram de maneira discreta, culminando com agressões verbais, onde a palavra mais suave era... ladrão. Tal fato obrigou o ex-ministro e toda a “tchurma” a retirar-se do restaurante, debaixo de vaias.
É aí que eu lanço a pergunta que dá título a este texto: como será que eles (os corruptos e ladrões do dinheiro público – lembram-se do Arruda?) se sentem, quando passam por situações assim? E seus familiares, filhos, esposa (ou marido), pais, irmãos, amigos? Difícil acreditar que encaram tudo com naturalidade. Detalhe vital: quando o cabra é safado, isso pode ser o de “menas”, como diria “o chefe”.
Olhando pelo lado dos familiares e amigos, torna-se ainda mais difícil acreditar que não sintam nenhuma vergonha e nenhum mal estar, pelo fato de serem parte integrante da vida de uma pessoa descaradamente corrupta, assaltante dos bens públicos e recebedora de propinas.
Imagine aquela gente que tem o descaramento de roubar cestas básicas e desviar o dinheiro de obras públicas para benefício próprio. Em toda a tragédia que ocorre neste país, o que mais se vê são pessoas querendo levar a famosa vantagem, inclusive as próprias prefeituras, algumas habitadas por verdadeiros bandos de desocupados. E que estes não venham tentar se defender e nem me acusar de nada, pois as matérias jornalísticas estão aí pra todo mundo ver.
E não adianta falar do escândalo mais recente, uma vez que neste nosso Brasil são escândalos demais. Se você citar o mais recente hoje, o texto logo fica desatualizado e com sabor de pão amanhecido, pois no dia seguinte logo sai mais um quentinho do forno.
Dificilmente um pilantra desses vai preso e cumpre a pena como deveria. Fica em liberdade. Mas, será que fica mesmo em liberdade? Será que seu crime não vai lhe martelar a consciência incessantemente? Será que o olhar triste e, por vezes, acusador de seus filhos (se forem pequenos, pior ainda) o deixarão em paz?
No Japão, um ex-ministro suicidou-se por ter sido descoberto em atividades ilícitas. Sentiu vergonha, não resistiu e tirou a própria vida. Foi covarde, sem dúvida, mas pelo menos teve a hombridade de reconhecer o erro e atentar contra si mesmo. Teve sucesso.
E aqui? Bem, aqui é um pouquinho diferente. O próprio Palocci é reincidente. Lembram-se do caso do caseiro? Pois é. E as denúncias surgem desde a época em que ele era prefeito de Ribeirão Preto, próspera cidade do interior paulista. Quer dizer, o sujeito não é mesmo flor que se cheire e deve ter tido a sua alma já encomendada pelo diabo.
Agora, sabe mesmo o que eu não entendo? Como é que Tia Dilma, evidentemente já sabendo de tudo isso – principalmente dos antecedentes –, o nomeou como Ministro Chefe da Casa Civil, um dos cargos mais importantes do governo federal? E depois, com o escândalo já divulgado, por que recrutou a tropa de choque em sua defesa? Será que foi para agradar “o chefe”, que em seu governo havia colocado lá o Zé Dirceu? Vai saber!
E eu que, mesmo não votando nela, cheguei a acreditar. Burro!!!
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O e-mail chegou relatando o ocorrido em um renomado restaurante da capital paulista, dando conta do mal estar causado quando da chegada ao recinto do ex-ministro chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, alguns de seus familiares e amigos.
Diz a mensagem que, à sua chegada, os olhares dos demais frequentadores se cruzaram, já antevendo o que poderia vir a ocorrer.
E não deu outra. Já devidamente acomodados em seus lugares, os integrantes do séquito de Palocci (ele, principalmente) foram alvo de hostilidades, que começaram de maneira discreta, culminando com agressões verbais, onde a palavra mais suave era... ladrão. Tal fato obrigou o ex-ministro e toda a “tchurma” a retirar-se do restaurante, debaixo de vaias.
É aí que eu lanço a pergunta que dá título a este texto: como será que eles (os corruptos e ladrões do dinheiro público – lembram-se do Arruda?) se sentem, quando passam por situações assim? E seus familiares, filhos, esposa (ou marido), pais, irmãos, amigos? Difícil acreditar que encaram tudo com naturalidade. Detalhe vital: quando o cabra é safado, isso pode ser o de “menas”, como diria “o chefe”.
Olhando pelo lado dos familiares e amigos, torna-se ainda mais difícil acreditar que não sintam nenhuma vergonha e nenhum mal estar, pelo fato de serem parte integrante da vida de uma pessoa descaradamente corrupta, assaltante dos bens públicos e recebedora de propinas.
Imagine aquela gente que tem o descaramento de roubar cestas básicas e desviar o dinheiro de obras públicas para benefício próprio. Em toda a tragédia que ocorre neste país, o que mais se vê são pessoas querendo levar a famosa vantagem, inclusive as próprias prefeituras, algumas habitadas por verdadeiros bandos de desocupados. E que estes não venham tentar se defender e nem me acusar de nada, pois as matérias jornalísticas estão aí pra todo mundo ver.
E não adianta falar do escândalo mais recente, uma vez que neste nosso Brasil são escândalos demais. Se você citar o mais recente hoje, o texto logo fica desatualizado e com sabor de pão amanhecido, pois no dia seguinte logo sai mais um quentinho do forno.
Dificilmente um pilantra desses vai preso e cumpre a pena como deveria. Fica em liberdade. Mas, será que fica mesmo em liberdade? Será que seu crime não vai lhe martelar a consciência incessantemente? Será que o olhar triste e, por vezes, acusador de seus filhos (se forem pequenos, pior ainda) o deixarão em paz?
No Japão, um ex-ministro suicidou-se por ter sido descoberto em atividades ilícitas. Sentiu vergonha, não resistiu e tirou a própria vida. Foi covarde, sem dúvida, mas pelo menos teve a hombridade de reconhecer o erro e atentar contra si mesmo. Teve sucesso.
E aqui? Bem, aqui é um pouquinho diferente. O próprio Palocci é reincidente. Lembram-se do caso do caseiro? Pois é. E as denúncias surgem desde a época em que ele era prefeito de Ribeirão Preto, próspera cidade do interior paulista. Quer dizer, o sujeito não é mesmo flor que se cheire e deve ter tido a sua alma já encomendada pelo diabo.
Agora, sabe mesmo o que eu não entendo? Como é que Tia Dilma, evidentemente já sabendo de tudo isso – principalmente dos antecedentes –, o nomeou como Ministro Chefe da Casa Civil, um dos cargos mais importantes do governo federal? E depois, com o escândalo já divulgado, por que recrutou a tropa de choque em sua defesa? Será que foi para agradar “o chefe”, que em seu governo havia colocado lá o Zé Dirceu? Vai saber!
E eu que, mesmo não votando nela, cheguei a acreditar. Burro!!!
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