Incompreensão e desencontros

É incrível como eu insisto em fazer as coisas erradas ou tomar certas atitudes que vão acabar mal. E sempre quem se dá mal sou eu.

Um exemplo é a inexplicável atração que sinto por homens cafajestes. Na verdade, eu atraio eles. Por que? No fundo a gente sempre pensa que pode salvá-los. A doce ilusão de : "comigo vai ser diferente, eu vou fazer ele se apaixonar". Não. Isso não acontece. Quem se apaixona sempre sou eu. E sozinha.

Preciso aprender de uma vez por todas que minha vida não é um filme de comédia romântica e nem um romance da Marian Keyes (tenho a coleção completa dos livros dela).

Mas o que mais me irrita é que eu sabia ( a gente sempre sabe) que eu ia me dar mal, e mesmo assim eu fui, eu vou, eu insisto, eu mergulho de cabeça esquecendo que ainda não aprendi a nadar. Eu sempre me afogo. E não tem um salva-vidas bonitão para fazer a respiração boca-a-boca depois. Tenho que me virar sozinha, recuperar a consciência e seguir em frente. Sozinha.

Eu queria que meus braços e minha cintura fossem mais finos e meus pés mais bonitinhos. Queria ter o bumbum menor e seios maiores.

Mas o que eu queria de verdade, é pelo menos uma vez na vida fazer a coisa certa. Gostar de quem gosta de mim. Me apaixonar por quem também se apaixona por mim, ao mesmo tempo.

Sabrina Massucheto
Enviado por Sabrina Massucheto em 08/07/2011
Código do texto: T3083401
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