UM SONHO OU UMA VIVÊNCIA ANTERIOR ?
Na sala uma grande mesa oval de pedra rústica. Sobre ela, folhas de papel. Muitas já escritas, outras esperando para serem preenchidas.
Uma moça sentada em uma cadeira e debruçada sobre a mesa, escreve sem parar. Tem na mão uma pena de ganso, do seu lado direito um vidro bojudo cheio de tinta.
Ela impacienta-se, ao ter que de quando em quando umedecer a ponta da pena, para voltar a escrever.
Tem pressa em transcrever para o papel tudo que lhe vai na alma.
Usa um vestido austero, na cor azul escuro, com gola redonda e mangas compridas. Longo, ele lhe cobre os pés.
Um chale de lã na cor champanhe aquece-lhe os ombros e caem sobre os braços.
Longa trança grossa amarrada na ponta por um laço de fita, descansa sobre seu ombro esquerdo. Os fios de cabelos trançados brilham e tem a cor da amêndoa madura.
No recinto uma lareira acesa faz o fogo brilhar em labaredas gulosas e o crepitar da lenha é música suave aos ouvidos dela.
Um grande móvel de madeira escura, guarda inúmeros livros.
À frente da mesa a janela deixa ver através do vidro, que é inverno. Lá fora as árvores estão desfolhadas e cobertas de flocos de neve.
Um sonho interessante tive, me vi em outro tempo. Outro corpo, outra personagem. Somente a alma era a mesma.
E reconheci o mesmo amor pela escrita.
Engraçado que tão real foi o sonho. Que acordei ouvindo o estalar da lenha a queimar na lareira.
E ato reflexo, levei a mão ao ombro esquerdo para sentir o volume da grossa trança.
Em fração de segundo, se dissipou a sensação tão forte que o sonho vivido deixou em mim.
E me reconheci em minha cama. Com o corpo diferente daquele do sonho.
Lembrei antes de levantar-me da cama, das palavras do grande escritor Shakespeare: Há mais mistérios entre o céu e a terra do que supõe nossa vã filosofia.
Seja como for a moça de trança grossa, que absorta escrevia sem parar, deixou em mim uma lembrança de algo muito familiar.
Durante o sonho eu olhava para ela e sabia que estava vendo a mim mesma.
Será que isso é só um sonho?
Na sala uma grande mesa oval de pedra rústica. Sobre ela, folhas de papel. Muitas já escritas, outras esperando para serem preenchidas.
Uma moça sentada em uma cadeira e debruçada sobre a mesa, escreve sem parar. Tem na mão uma pena de ganso, do seu lado direito um vidro bojudo cheio de tinta.
Ela impacienta-se, ao ter que de quando em quando umedecer a ponta da pena, para voltar a escrever.
Tem pressa em transcrever para o papel tudo que lhe vai na alma.
Usa um vestido austero, na cor azul escuro, com gola redonda e mangas compridas. Longo, ele lhe cobre os pés.
Um chale de lã na cor champanhe aquece-lhe os ombros e caem sobre os braços.
Longa trança grossa amarrada na ponta por um laço de fita, descansa sobre seu ombro esquerdo. Os fios de cabelos trançados brilham e tem a cor da amêndoa madura.
No recinto uma lareira acesa faz o fogo brilhar em labaredas gulosas e o crepitar da lenha é música suave aos ouvidos dela.
Um grande móvel de madeira escura, guarda inúmeros livros.
À frente da mesa a janela deixa ver através do vidro, que é inverno. Lá fora as árvores estão desfolhadas e cobertas de flocos de neve.
Um sonho interessante tive, me vi em outro tempo. Outro corpo, outra personagem. Somente a alma era a mesma.
E reconheci o mesmo amor pela escrita.
Engraçado que tão real foi o sonho. Que acordei ouvindo o estalar da lenha a queimar na lareira.
E ato reflexo, levei a mão ao ombro esquerdo para sentir o volume da grossa trança.
Em fração de segundo, se dissipou a sensação tão forte que o sonho vivido deixou em mim.
E me reconheci em minha cama. Com o corpo diferente daquele do sonho.
Lembrei antes de levantar-me da cama, das palavras do grande escritor Shakespeare: Há mais mistérios entre o céu e a terra do que supõe nossa vã filosofia.
Seja como for a moça de trança grossa, que absorta escrevia sem parar, deixou em mim uma lembrança de algo muito familiar.
Durante o sonho eu olhava para ela e sabia que estava vendo a mim mesma.
Será que isso é só um sonho?