11 DE SETEMBRO - (ONZE DE SETEMBRO) O EPÍLOGO DAS MEMÓRIAS DE DAVID ROCKFELLER

Quando jovem, em Santa Maria Da Vitória, nos Cines, Rex, União e depois Califórnia,assisti aos filmes de ação como: Setembro Negro, Vitória em Entebe, Sementes de Tamarindo, Os Dez Mandamentos, Uma Ponte Longe de Mais, Caçados como Feras, Torrentes de Medo etc. O mais importante destes filmes para mim foi “ Os Dez Mandamentos” história da Bíblia sagrada. E está justamente na Bíblia sagrada, precisamente no livro de Gênesis, o início da questão do Oriente Média, e que possivelmente só terá o seu fim com a concretização das profecias do livro Apocalipse. Os imperialistas ocidentais sempre meteram o dedo no meio para tentarem resolver tais questões milenares, mas só acabaram agravando mais e mais e mais..., a situação do Oriente Médio, com decisões políticas parciais e direcionadas, defendendo apenas os interesses para o lado que lhes é mais conveniente.

Eu jamais pensei em escrever algo sobre o 11 de setembro. Mas , ao ler o livro do David Rockfeller, presente de aniversário dado pela minha filha, eis que no epílogo, me deparo com a declaração de um mega empresário que viu o nascimento das torres gêmeas e a sua destruição, dando a sua opinião sobre o assunto, portanto, resolvi brindar os recantistas que não leram o livro com este epílogo extraído do livro:

David Rocffeller – Memórias (páginas, 529 e 530)

Tradução de Ryta Vinagre - Editora Rocco - Rio de Janeiro

EPÍLOGO

"11 de setembro de 2000 foi o dia – para usar uma frase do presidente Franklin Delano Roosevelt – que “ viverá na infâmia.

Naquela manhã, vi da janela de meu escritório no 56 º andar do General Eletric Building . no Rockfeller Center, como duas nuvens de fumaça encapelaram-se negras para o alto das torres do World Trade Center e depois se moveram para o mar, atravessando o Brooklyn e o Verazzano Narrows.Logo depois das dez da manhã, a Torre Sul ruiu e uma nuvem de poeira envolveu a parte sul de Manhattan. Sob ela estava a área de Wall Street, onde passei a maior parte de minha carreira.

Imediatamente entendi que a destruição física seria imensa e a perda de vidas, catastrófica. Além disso, as esperanças e sonhos de milhares de vítimas e milhões de sobreviventes foram sepultados naquele entulho. Pela primeira vez desde dezembro de 1941, quando ouvi as notícias do ataque de Pearl Harbor,experimentei uma sensação física de medo do futuro.

Logo depois dos ataques, como todos os nova – iorquinos e americanos, lutei coma as incríveis dimensões do desastre e tentei compreender suas causas.Foi somente com o tempo que comecei a entender a ligação dos ataques terroristas ao World Trade Center e ao Pentágono com fracasso de um período de quase cinqüenta anos para resolver o dilema do Oriente Médio. O alerta que o presidente Nasser me fez em 1969 sobre a “crescente instabilidade e radicalismo “ em toda a região ressoou fortemente . Apesar dos esforços das pessoas de boa fé de todos os lados, este câncer perigoso nunca foi extirpado, e agora ameaça a estabilidade e a prosperidade de todo o mundo.

Nos meses que se seguiram a esses terríveis ataques, a liderança do presidente Bush, do prefeito Giuliani e do governador Pataki me enterneceram, e a coragem e compaixão dos nova – iorquinos, em particular, deixaram – me orgulhoso.

Nós , nova - iorquinos , somos pessoas resolutas, e nós, americanos, somos otimistas por natureza. Não tenho dúvida, portanto, de que um novo e ainda mais vibrante Lower Manhattan surgirá das cinzas da destruição e perdas pessoais. O processo, na verdade, já está em andamento.E quando o Lower Manhattan por fim “renascer” novamente, tenho esperança e expectativa de que estarei bem aqui para testemunhar."