UM FAVOR MILAGROSO

Acontece cada coisa em nossa vida, que não sei mesmo como ainda existe alguém que enche o peito para dizer que não acredita em Deus. Mas, cada um, cada um. Devemos respeitar sempre.

Inicialmente, quero registrar aqui o conhecido chavão popular que diz assim: "É melhor perder um minuto na vida do que a vida num minuto!" Pois o fato que passo a contar aconteceu com este cronista há alguns anos e quando me lembro, fico até emocionado.

Creio eu que foi uma intervenção Divina colocar aquela pessoa no meu caminho para me fazer uma pergunta como encontrar uma determinada rua, aqui mesmo no bairro onde moro. Foi isso mesmo. Como sempre faço todos os dias, menos aos domingos, tenho o costume de ir à casa lotérica para fazer uma fezinha ou então pagar alguma conta. É uma rotina que tenho, que inclusive até meus vizinhos já estão acostumados com isso que inclusive, amiúde, pedem para eu fazer um pequeno favor. Mas sempre faço isso com muita satisfação. Contudo, o favor milagroso do título desta crônica, se refere a outra situação. Por sinal, é o tipo de coisa que acontece muito em todas as grandes cidades. De vez em quando, sempre surge alguém procurando uma determinada rua, avenida etc. Particularmente, até gosto de fazer este tipo de favor, principlamente, quando consigo ajudar totalmente à pessoa que precisa de uma informação assim.

Então, conforme registrei, quase sempre no mesmo horário faço um percurso assim e aproveito também para espairecer um pouco. Sempre que se anda pelas ruas do bairro onde moramos, é comum encontrar alguma pessoa conhecida ou não e algum diálogo sempre acontece. E isso é sempre muito bom.

Nesse dia, vinha eu tranquilamente, regressando ao meu lar, quando de repente, em plena avenida, ao andar pela calçada próximo de um colégio, onde os estudantes tinham acabado de entrar, um senhor, gentilmente me parou para fazer uma pergunta onde ficava determinada rua. Como eu a conhecia muito bem, expliquei rapidamente e só quis saber se ele tinha mais alguma dúvida. Agradeceu-me e seguiu em direção que eu tinha indicado. Até aí, tudo normal.

Acontece que, enquanto ele me cumprimentou para agradecer aquele pequeno favor, um motorista perdeu o controle da direção do carro que dirigia e foi de encontro ao muro daquela escola, distante apenas três metros do local onde eu estava orientando aquele senhor.

Como aquele local, imediatamente, ficou repleto de curiosos, paulatinamente, fui seguindo o meu caminho, tão logo percebi que o motorista não tinha sofrido nada grave, apenas um susto. Enquanto isto, ia pensando com os meus botões: e se aquele senhor pedestre, como eu, não tivesse me interpelado, fazendo com que eu parasse por alguns segundos, o que seria de mim, se estivesse passando por aquela local, no mesmo instante em que aquele carro desgovernado chocou-se contra o muro?

Quando conto isso a alguém, sempre ouço a seguinte afirmação: "não era a sua hora!".

Ainda bem, pois se fosse a minha hora, esta crônica não teria sido escrita.

João Bosco de Andrade Araújo

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JOBOSCAN
Enviado por JOBOSCAN em 06/07/2011
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